Visitas a hospitais e clínicas onde houve mortes maternas terminam na próxima semana

Em causa estão as mortes que ocorreram em 2017 e no ano passado. Direcção-Geral da Saúde reafirma que conclusões serão apresentadas até ao final do ano.

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No ano passado morreram 17 mulheres por complicações na gravidez, parto e puerpério Rui Gaudêncio

Terminam na próxima semana as visitas que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) está a realizar aos hospitais e clínicas onde houve registo de mortes maternas em 2017 e 2018. No ano passado morreram 17 mulheres por complicações na gravidez, parto e puerpério (até 42 dias após o parto), quase o dobro das mortes registadas em 2017 (nove óbitos), segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Este é um estudo detalhado e rigoroso, que é feito caso a caso, para obter informação complementar à que é colhida habitualmente. As visitas estarão concluídas no dia 11 de Dezembro. Se necessário, proceder-se-á à recolha adicional de informação”, informa a DGS em comunicado.

Na mesma nota, a entidade responsável pela saúde pública em Portugal explica que “os resultados serão analisados internamente e, de seguida, com um grupo de peritos independente, composto por elementos da Ordem dos Médicos, da Comissão Nacional de Saúde Materna, da Criança e do Adolescente e dos Hospitais/Academia”.

“Os resultados destas diligências serão analisados e comunicados posteriormente e, como já referido pela DGS, as conclusões serão divulgadas até ao final do ano”, diz.

A DGS reafirma a “preocupação com o número de óbitos notificados” e assegura que está a acompanhar “com a atenção e com a sensibilidade merecida” o problema da mortalidade materna, cuja taxa por 100 mil nascimentos no ano passado ascendeu aos 19,5, valor semelhante ao registado em 1980. “Sendo este um fenómeno complexo e multivariado, a sua análise deve ser cuidada e rigorosa”, acrescenta.

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