Mais de 6800 elementos da GNR e PSP vão sair das forças de segurança nos próximos quatro anos

Número é apresentado num documentos do Governo entregue aos sindicatos do sector. Saídas são ligeiramente maiores na PSP (3483) do que na GNR.

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Elementos da GNR e PSP fizeram protesto conjunto a 21 de Novembro Rui Gaudêncio

Um total de 6.805 elementos da PSP e da GNR vão sair destas forças de segurança nos próximos quatro anos, sendo a “sangria” ligeiramente maior na PSP (3483), indica um documento do Governo entregue aos sindicatos do sector.

O documento, a que a Lusa teve acesso, foi entregue na quinta-feira durante uma reunião preparatória do processo negocial com sindicatos e associações das forças de segurança, realizada no Ministério da Administração Interna (MAI).

Quanto à previsão de saídas na GNR e PSP, o documento revela que em 2020 deverão sair 820 elementos na GNR (33 oficiais, 78 sargentos e 709 guardas), enquanto na PSP as saídas totalizam 552 (40 oficiais, 141 chefes e 371 agentes). Para 2021 está prevista a saída de 842 elementos da GNR em final de carreira – 31 oficiais, 76 sargentos e 735 guardas. Em relação à PSP, as saídas nesse ano somam 788 (46 oficiais, 152 chefes e 590 agentes).

Em 2022, 787 elementos da GNR estão de saída (25 oficiais, 56 sargentos e 706 guardas), sendo esse número superior na PSP, onde previsivelmente estão de saída 935 elementos - 39 oficiais, 135 chefes e 761 agentes. Em 2023, o número de saídas agrava-se, com 873 na GNR (17 oficiais 76 sargentos e 780 guardas), enquanto na PSP ultrapassa um milhar (1208), dos quais 38 oficiais, 156 chefes e 1014 agentes.

Das matérias que tem vindo a ser negociadas entre os profissionais da GNR e da PSP e o MAI destacam-se o pagamento de retroactivos referentes aos suplementos não pagos em período de férias entre 2010 a 2018, o plano plurianual de admissões (tendo em conta as saídas), os suplementos remuneratórios, a lei de programação de infra-estruturas e equipamentos das forças de segurança do MAI e a segurança e higiene no trabalho. Estas são algumas das reivindicações dos polícias, que os levaram a organizar um protesto conjunto, a 21 de Novembro, que, segundo os sindicatos, reuniu mais de 13 mil profissionais

Estão agendadas novas reuniões em 12 de Dezembro próximo, bem como em 9 e 16 de Janeiro, 13 de Fevereiro e 5 de Março de 2020.

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