Caravelas-portuguesas avistadas em praias do Norte e Centro do país

IPMA apela a que as pessoas comuniquem qualquer informação sobre avistamento de organismos gelatinosos para compreender a sua dinâmica.

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Caravela-portuguesa Paula Duarte

Caravelas-portuguesas estão a ser avistadas em praias do Norte e Centro de Portugal continental, alertou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), avisando que deve ser evitado qualquer contacto com a espécie.

“Muito influenciada por ventos e correntes de superfície, a caravela-portuguesa (Physalia physalis) é uma espécie comum na costa portuguesa, incluindo Açores e Madeira. É caracterizada por um flutuador em forma de balão, frequentemente de cor azul ou rosada”, refere o IPMA em comunicado.

O IPMA acrescenta que esta espécie é a que exige “mais cautela”, devido aos seus longos tentáculos, que podem chegar aos 30 metros, capazes de provocar fortes queimaduras. “Deve evitar-se tocar nos organismos, mesmo quando aparentam estar mortos ou secos na praia. Em caso de queimadura por contacto com esta espécie, deve ser aplicado vinagre e compressas quentes.”

O programa GelAvista, responsável pela monitorização dos organismos gelatinosos em Portugal, a desenvolver a sua actividade desde 2016, tem vindo a envolver os cidadãos para a necessária recolha de informação sobre a ocorrência de organismos gelatinosos em águas portuguesas.

“Ao longo da semana passada foram muitos os registos enviados pelos observadores GelAvista sobre a ocorrência da caravela-portuguesa. Em vários casos verificou-se a ocorrência conjunta da espécie Velella velella, que não representa perigo para a saúde humana e que é muitas vezes confundida com a caravela-portuguesa”, salienta-se no comunicado, acrescentando que espécies estão a ser assinaladas ao longo de toda a costa desde o distrito de Viana do Castelo (Praia Norte) até ao distrito de Setúbal (Sesimbra).

O IPMA apela ainda a que as pessoas comuniquem qualquer informação sobre avistamento desta ou de outras espécies, de modo a que seja possível “compreender a dinâmica dos organismos gelatinosos” à escala nacional e prevenir futuras ocorrências.

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