PSP no Viso: novas instalações (com novas valências) prontas em 2023

Novas instalações da PSP vão ter salas de detenção e espaços de apoio a vítimas de violência doméstica. Ministério da Administração Interna está a pensar o “reordenamento do dispositivo” em articulação com a Câmara do Porto

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Serviços da PSP na Belavista vão ser transferidos para o Viso Fernando Veludo/ nFactos/ Arquivo

O reforço do investimento nas forças de segurança é “uma prioridade” para o Ministério da Administração Interna (MAI) e, no Porto, está já em curso um projecto de transferência das instalações da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Bela Vista para o Viso. No final de 2023, o novo espaço deverá estar pronto a abrir portas, num investimento estimado em 14 milhões de euros.

Além da Unidade Especial de Polícia, revela o MAI num comunicado enviado esta tarde à comunicação social, também em resposta ao protesto de Rui Moreira na sequência de violência causada por adeptos de futebol, o projecto inclui também a transferência dos núcleos de logística e de formação da PSP e a instalação de toda a divisão de trânsito, até agora dispersa em dois edifícios, no mesmo local. Será construída uma “esquadra com salas de detenção e espaços de apoio a vítimas de violência doméstica” e ainda um centro de operações, com capacidades de controlo e comando. Medidas de “reordenamento do dispositivo” na cidade estão a ser estruturadas em parceria com a Câmara do Porto.

Nas futuras instalações serão colocados 420 agentes, o que significará “uma maior rentabilização operacional dos efectivos, por deixarem de estar dispersos por diferentes espaços como agora sucede”. No âmbito da Lei de Programação de Infra-estruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança 2017/2021 foi já possível reforçar o número de viaturas, com mais 52 carros, estando ainda assim previsto um “forte investimento” nesta matéria.

Também o número de trabalhadores da PSP será reforçado, não apenas no Porto, afirma o MAI em comunicado, recordando estar a decorrer a “formação de 600 novos agentes”, um aumento de 50% relativamente a 2018.

Em articulação com sindicatos e associações profissionais, o ministério está a preparar um Programa Plurianual de Admissões, perseguindo um “rejuvenescimento” do seu efectivo e “manutenção de elevados graus de prontidão e eficácia operacional”.

No início desta semana, a deputada Diana Ferreira visitou o Quartel da Bela Vista para pôr o dedo na ferida. A comunista falava em instalações “desadequadas” e denunciava a falta de condições dignas, tanto para os profissionais como para a população que ali era atendida.

Mesmo sabendo da “possibilidade de transferência graças ao projecto do Viso”, a CDU enviou à tutela um requerimento, exigindo um prazo para a conclusão do projecto do Viso. “A frota que não é renovada há largos anos ou é renovada às pinguinhas”, afirmou, citada pela Agência Lusa: “Alguns municípios fazem oferta de carros, mas essa não é uma solução ideal, nem justa, porque essa é uma responsabilidade do Estado.”

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