Exercício Orion com 1300 militares e 180 viaturas em Portugal

Envolve forças de Espanha, Estados Unidos da América, Lituânia e Roménia, bem como observadores vindos do Brasil, Espanha, França e Grécia.

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Imagem de um exercício da NATO no Báltico LUSA/Valda Kalnina

Mais de 1300 militares e 180 viaturas oriundos de cinco países da NATO estão envolvidos até sexta-feira no Orion 19, o maior exercício anual conduzido pelo Exército português e que decorre na área de Abrantes, Constância e Vendas Novas.

A montagem das bases militares nas povoações de Água Travessa, Bemposta e Tramagal, no concelho de Abrantes, com interacção com os residentes, testar com fogos reais o novo armamento ligeiro das Forças Armadas Portuguesas, e integrar a nova capacidade do Exército de veículos aéreos não tripulados ("drones") para as missões nacionais e internacionais, foram alguns dos momentos que o director do Exercício Orion 19, Brigadeiro-General Matos Alves, destacou à Lusa na segunda-feira no Campo militar de Santa Margarida, Constância, em Santarém.

“Os novos cenários onde temos empenhado as nossas forças fora do território nacional, actualmente e num passado recente, têm sido dentro das povoações e dos ambientes urbanos, pelo que, montar as bases militares nas povoações, permitirá aos militares operar tal qual se verifica nas actuais operações em que Portugal participa no quadro dos seus compromissos internacionais, desenvolvendo capacidades nesse sentido”, notou.

Para além disso, o exercício Orion 19, que principiou a 19 de Novembro e culmina nesta sexta-feira com uma demonstração conjunta das forças envolvidas, inclui a realização de fogos reais com os diversos sistemas de armas, incluindo o novo armamento ligeiro do Exército (pistolas e espingardas automáticas), o emprego de forma integrada de forças ligeiras, médias e pesadas, além de integrar pela primeira vez a nova capacidade do Exército de veículos aéreos não tripulados.

Neste sentido, o Orion 19 vai permitir a “actualização do treino de técnicas, tácticas e procedimentos, que os conflitos recentes têm revelado como essenciais, como é o caso da defesa contra “drones” comerciais armados de forma improvisada para ataque a colunas ou bases militares”.

A decorrer nas regiões de Abrantes, Constância e Vendas Novas, além de forças nacionais provenientes das três Brigadas do Exército Português e da Zona Militar da Madeira, o exercício conta ainda com forças dos países aliados de Espanha, Estados Unidos da América, Lituânia e Roménia, bem como observadores vindos do Brasil, Espanha, França e Grécia.

Segundo o director do Exercício Orion 19, a separação geográfica dos dois locais - Abrantes/Santa Margarida e Vendas Novas - decorre do facto de se estarem a treinar “diferentes tipologias de forças, com missões distintas, com objectivos diferentes e, consequentemente, em cenários distintos”, tendo o exercício, no entanto, um “tronco comum” que reflecte nas acções que estão a decorrer.

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