“Preocupado” com Orçamento, Jerónimo aponta “retrocessos” do PS

Jerónimo de Sousa critica obsessão pelo défice e a dívida e promete fazer oposição, tal como nos últimos quatros anos

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O PCP vai ser uma força de oposição atenta e não aceitará os “retrocessos” que identifica no Programa do Governo em áreas como a administração pública, transportes ou ambiente, avisou este domingo o secretário-geral do partido, em conferência de imprensa, acerca da reunião do comité central.

Os olhos dos comunistas estão agora postos no Orçamento do Estado e Jerónimo de Sousa mostrou-se enérgico ao contestar que a prioridade seja dada ao défice e à dívida em prejuízo do investimento nos serviços públicos.

Respondendo a perguntas dos jornalistas, Jerónimo de Sousa disse desconhecer ainda a proposta de Orçamento do Estado para 2020 e o seu conteúdo, embora o PCP tenha “fundadas preocupações”.

O líder partidário criticou o Governo por fazer determinadas opções “contraditórias”, nomeadamente por ter decidido “acudir ao Novo Banco, em vez das necessidades e carências sociais dos portugueses”.

Na declaração que leu aos jornalistas, Jerónimo teve ainda a necessidade de reafirmar que “o PCP não será agora, como não foi na legislatura que findou, parte de uma alegada maioria, mas sim força de oposição a tudo o que contrarie ou faça retroceder os interesses e direitos dos trabalhadores e do povo”. E apontou o dedo ao Governo por, no seu programa, “manter privilégios e condições de domínio dos grandes grupos económicos e do grande capital” e de, na concertação social, estar a negociar “um chamado ‘acordo de rendimentos’ que, propagandeando a suposta valorização dos salários, trava de facto o seu crescimento”.

O PCP anunciou também que vai marcar o XXI Congresso do partido para 27, 28 e 29 de Novembro de 2020. com Lusa

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