João Almeida é candidato à liderança do CDS

João Almeida é o terceiro a entrar na corrida à sucessão de Assunção Cristas. O centrista reafirma que o resultado das legislativas foi mau, mas sublinha que “não é irreversível”.

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Adriano Miranda

O deputado João Almeida vai ser candidato à liderança do CDS no congresso nacional de Janeiro de 2020, anunciou este sábado o próprio, em vídeo, através do Facebook. Na sua primeira mensagem oficial enquanto candidato a sucessor de Assunção Cristas, João Almeida lembra que quando se filiou no CDS, o partido também tinha apenas cinco deputados eleitos na Assembleia da República e que por isso o mau resultado do partido “não é irreversível”.

“Quando me filiei no CDS tínhamos cinco deputados, tínhamos tido 4% nas eleições e tínhamos 1% a 2% nas sondagens. Depois disso conseguimos estar duas vezes no Governo, tivemos o maior grupo parlamentar em 25 anos e conseguimos isso também na Madeira e nos Açores. Conseguimos recuperar de uma para seis câmaras municipais e conseguimos isso tudo porque valorizámos aquilo que nos une”, afirma no vídeo publicado na sua página de Facebook. “Conseguimos isso porque valorizamos aquilo que nos une. É isso que temos de ter em mente”, afirma João Almeida.

Para o antigo porta-voz, o CDS deve “afirmar a sua voz na oposição ao Governo” do PS. Mas não só. João Almeida defende que o seu partido deve “valorizar o que o une”. “Na saúde, na educação, na autoridade do Estado, na valorização da família ou nua política fiscal que seja afectivamente respeitadora das famílias e das empresas e que permita ao país crescer”, continua o centrista. “Estou motivado para lutar por tudo aquilo que nos une. É por isso que sou candidato à presidência do CDS e conto com cada um de vós”, conclui João Almeida.

O deputado reeleito pelo distrito de Aveiro afirma que este “é o dia mais importante” do percurso que tem feito no CDS. 

A 7 de Outubro, após serem conhecidos os resultados das eleições para a actual Assembleia da República, João Almeida olhou para os números do CDS como “uma derrota estrondosa” acrescentando que “em democracia estes resultados não acontecem por acaso”. Na mesma data, João Almeida dizia que era “fundamental acabar com a inútil discussão doutrinária interna”. “O CDS cresceu quando fez da sua diversidade força e afundou-se quando essa discussão ocupou o espaço do debate das soluções para o país”, acrescentou. O centrista afirmava ainda que o CDS perdeu a capacidade de “criar relações fortes de confiança com os eleitores” e que só propostas claras e um discurso objectivo é que as recuperariam. Na altura, João Almeida dizia que não tinha ambições de criar partido, mas que sendo um dos cinco deputados eleitos tinha “a obrigação de ponderar essa hipótese”. A união é agora a mensagem apresentada como tema de campanha. 

João Almeida é o terceiro a entrar na corrida à sucessão de Assunção Cristas, depois de Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), e de Carlos Meira, ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.

Há mais dois potenciais candidatos, Filipe Lobo d"Ávila, do “Juntos pelo Futuro”, e Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular (JP), que anunciaram a apresentação de moções de estratégia e também admitem concorrer. 

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