Frustrações justas, apropriações inaceitáveis

A maneira como foi acolhido o discurso do deputado da extrema-direita deveria ser inaceitável para qualquer homem ou mulher das forças policiais que preze um dos mais importantes fundamentos da sua missão: a neutralidade em relação a todos os cidadãos e o respeito pelos órgãos de soberania.

Podem os polícias que saíram ontem à rua ter razão nas suas reivindicações e ao mesmo tempo a sua manifestação ter dados sinais perturbantes para os descaminhos que está a tomar a nossa democracia? Sim, as duas coisas podem ser verdade ao mesmo tempo. Em geral é mesmo assim que acontece: são as frustrações mais justificadas que mais facilmente se prestam a serem manipuladas. Vamos por partes, então, tendo o cuidado de separar o trigo do joio.

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