Marcelo apoia projeto da ADFA com escolas para evocar 60 anos da Guerra Colonial

Associação de Deficientes das Forças Armadas quer parceria com o Ministério da Educação.

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Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado por Catarina Sarmento Castro, secretária de Estado dos Recursos Humanos e Antigos Combatentes ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Presidente da República declarou nesta quinta-feira o seu apoio a um projecto nacional que a Associação de Deficientes das Forças Armadas pretende realizar em 2021 envolvendo as escolas para evocar os 60 anos da Guerra Colonial.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas falava na sessão de encerramento da conferência “A literatura na Guerra Colonial e a Guerra Colonial na literatura”, na sede da ADFA, em Lisboa, depois de ouvir o presidente desta associação, o coronel Manuel Lopes Dias, pedir a sua ajuda para este projecto.

Manuel Lopes Dias anunciou que a ADFA vai pedir uma audiência ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, para lhe propor um projecto a realizar “em 2021, no ano em que se evocam os 60 anos da Guerra Colonial”. “A ADFA queria ser parceiro com o Ministério da Educação de um projecto nacional que passasse pelas escolas e depois houvesse um concurso para que os melhores trabalhos dos alunos pudessem ser avaliados com um concurso nacional e um prémio”, explicou.

A seguir, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu a este pedido da ADFA, declarando: “Conta com o apoio do Presidente da República Portuguesa para esse projecto de 2021, que deve começar já em 2020, para quando chegarmos ao ano de 2021 no dia 1 de Janeiro estarmos em condições de fazê-lo arrancar por todo o país nas escolas de Portugal”.

“Isso exige um trabalho preparatório. E tenho a certeza de que o Governo será um grande entusiasta dessa iniciativa, porque é uma iniciativa ao serviço de Portugal”, acrescentou o Presidente da República, defendendo que há um dever de “pedagogia, esclarecimento, transmissão de história, transmissão de testemunhos de vida” sobre a Guerra Colonial. “É um dever vosso e nosso. E ninguém melhor do que a ADFA está em condições para o fazer”, considerou.

Nesta sessão esteve também presente a secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro, que o presidente da ADFA saudou, dizendo que a existência deste cargo revela “um incentivo e uma intenção do actual Governo em abordar as questões que se prendem às consequências da guerra”.

Também o chefe de Estado saudou Catarina Sarmento e Castro, referindo que “não é por acaso que é designada também como secretária de Estado dos Antigos Combatentes” e que isso significa “um compromisso implícito, para não dizer explícito, do Governo de uma maior aposta no que respeita aos antigos combatentes de Portugal”.

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