Câmara de Coimbra quer comprar o prédio do Salão Brazil

Edifício na Baixa da cidade onde funciona o Jazz ao Centro Clube está à venda por um milhão e autarquia deve exercer direito de preferência.

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Banda Capitão Fausto prepara concerto no Salão Brazil PAULO PIMENTA

A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) quer adquirir o edifício do Salão Brazil, uma sala de espectáculos situada no coração da Baixa da cidade. A proposta de compra do prédio onde funciona uma sala de espectáculos programada e gerida pelo Jazz ao Centro Clube vai ser votada na reunião do executivo municipal, na próxima segunda-feira, informou nesta quinta-feira a autarquia em comunicado. 

Neste mês de Novembro, foi publicado um anúncio no site Casa Pronta, uma plataforma do Ministério da Justiça, com a informação de que o prédio do Largo do Poço seria vendido a um investidor privado pelo valor de um milhão de euros. No entanto, nota a CMC, uma vez que se localiza na Área de Reabilitação Urbana e em Zona Especial de Protecção do Património Mundial Classificado pela UNESCO da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, o município pode exercer o direito de preferência sobre o imóvel. 

“O objectivo da autarquia é assegurar a continuidade da dinamização de actividades socioculturais já existentes naquele edifício, nomeadamente do Jazz ao Centro Clube, o que eventualmente poderia ser colocado em causa com uma transacção do imóvel para investidores privados”, lê-se no comunicado. A informação da CMC vem assim confirmar a informação que tinha sido avançada pelo site Notícias de Coimbra

A proposta que será votada pelos vereadores no início da próxima semana refere que a compra do espaço visa “a dinamização e expansão socioculturais já presentes naquele edifício”. Citada na nota de imprensa, a vereadora com o pelouro da Cultura, Carina Gomes, sublinha a “relevância cultural do trabalho promovido pelo Jazz ao Centro Clube”. Entende também “o edifício, a sua localização e as funções culturais que ali têm lugar constituem uma mais-valia estratégica para o importante processo que a Câmara Municipal vem desenvolvendo, em termos culturais e socioeconómicos, no âmbito da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027”.

Numa declaração escrita, a direcção do JACC saúda o exercício do direito de preferência por parte da câmara, entendendo que a proposta “expressa o reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos últimos sete anos” naquele espaço. “Acreditamos que, ao adquirir o edifício e ao garantir a continuidade das suas funções culturais, o município de Coimbra fará um investimento que salvaguarda não só a dimensão artístico-cultural, mas que serve igualmente os interesses mais alargados da cidade em dinamizar o seu Centro Histórico”, menciona a estrutura dirigida por José Miguel Pereira. 

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