Grávida morta por matilha de cães em bosque de França

Uma das teses aponta para a possibilidade de se tratarem de animais treinados para caçadas.

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Benoit Tessier/Reuters/Arquivo

Uma mulher grávida foi morta por uma matilha de cães enquanto passeava o seu animal de estimação num bosque nos arredores de Villers-Cotterêts, no Norte de França e a cerca de 90 quilómetros de Paris. O corpo foi descoberto no sábado.

A autópsia mostra que a morte se deveu a “hemorragias causadas por mordidelas de cães nos membros inferiores, superiores e cabeça”, disse o procurador Frederic Trinh, citado pelo Guardian. A mesma fonte explicou que alguns destes ferimentos ocorreram depois da morte.

As investigações apontam para a possibilidade de ter sido atacada por animais treinados para caçadas. Numa chamada telefónica que fez enquanto passeava o seu cão, a vítima, de 29 anos, disse ao companheiro que havia “cães ameaçadores” no bosque.

O caso levantou um debate no país, com muitos a pedir que a época de caça seja suspensa. A ministra da Transição Ecológica, Élisabeth Borne, recebeu uma carta da actriz e activista dos direitos dos animais Brigitte Bardot, a pedir a interrupção “imediata de todas as autorizações de caça para a presente temporada”.

A associação francesa de caça, porém, disse que “nada aponta para o envolvimento de cães de caça na morte desta mulher” e sublinhou que os cães de caça são treinados para “caçar um tipo específico de animal e para obedecerem às ordens humanas em todas as circunstâncias”.

De acordo com o La République des Pyrénées, esperam-se os resultados das amostras tiradas a 93 cães que participaram numa caçada na zona, que podem revelar se alguns aqueles animais foram responsáveis pelo ataque.

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