Irlanda tira Portugal do pote 2 com golo nos últimos minutos

Defesa Matt Doherty, do Wolverhampton, impediu a vitória da Dinamarca e a “ultrapassagem” lusitana à selecção da Rússia, deixando assim os campeões europeus à mercê de França, Croácia e Holanda.

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A Dinamarca empatou, mas garantiu o apuramento. A vitória teria sido boa para Portugal, que ficaria no pote 2 LUSA/DAVE MEEHAN
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A tristeza dos jogadores da Irlanda, que, com o empate, falharam o apuramento directo Reuters/JOHN SIBLEY

Suíça e Dinamarca garantiram, nesta segunda-feira, a qualificação para o Campeonato da Europa de 2020, concluindo a participação no equilibrado Grupo D, que acabou por deixar a República da Irlanda no terceiro lugar. Fica, por isso, apenas uma vaga para apuramento directo em aberto, com Hungria, País de Gales e Eslováquia (Grupo E) ainda em condições de reclamarem, esta noite, o estatuto de 20.º passageiro.

Infelizmente para Portugal, o empate da Dinamarca, a entregar o primeiro lugar à Suíça (que cumpriu, com extrema facilidade, a obrigação de vencer em Gibraltar, conseguindo um triunfo robusto, por 1-6), inviabilizou a possibilidade de os campeões europeus ocuparem o lugar da Rússia no pote 2, evitando dessa forma selecções como a França, a Holanda e a Croácia.

Apesar de já ter o apuramento directo no bolso — confirmado no Luxemburgo —, Portugal seguia com enorme expectativa as incidências deste Grupo D, torcendo, naturalmente, por uma vitória da Dinamarca. Em causa estava a promoção do terceiro para o segundo pote do sorteio da fase final do Europeu, só possível em caso de vitória dinamarquesa em Dublin, precisamente no mesmo estádio onde, há dois anos, os nórdicos golearam (1-5) os irlandeses, na segunda mão do play-off de acesso ao Mundial da Rússia. 

Mas Portugal teve que sofrer até ao fim, num jogo marcado pelas lesões de Delaney e Cornelius, que obrigaram o seleccionador Age Hareide a fazer duas substituições forçadas até aos 33 minutos, abdicando da estratégia traçada (como se percebeu com o controlo exercido inicialmente) para começar a pensar seriamente na possibilidade de segurar a igualdade e, desse modo, garantir a qualificação como segundo classificado, o que acabou por suceder. 

A Dinamarca ainda conseguiu marcar primeiro, por Braithwaite (73’), colocando, momentaneamente, Portugal no pote 2 — e ameaçando relegar a Rússia (o melhor segundo) para o pote 3. Isto porque, face às determinações da UEFA, Rússia e Dinamarca não poderiam coabitar no pote 2, já que estarão no Euro2020 como “anfitriões”, inviabilizando o cumprimento de um mínimo de dois jogos em “casa”. Mas o defesa do Wolverhampton Matt Doherty não permitiu a troca, igualando (1-1) o encontro a cinco minutos dos 90. Repetia-se, assim, o resultado do duelo de Copenhaga, curiosamente com a Dinamarca a marcar aos 76’ e a sofrer aos 85’.

Itália demolidora

Com um percurso imaculado, a selecção de Itália, tetracampeã mundial, sentenciou o encontro de Palermo, com a Arménia (9-1), com dois golos no intervalo de um minuto (Immobile e Zaniolo, aos 8’ e 9’). A “squadra azzurra” concluiu a fase de qualificação como líder destacada do Grupo J, só com vitórias e apenas quatro golos consentidos (dois deles com a Arménia). Registo que só a Bélgica pode superar, caso vença a congénere cipriota no encontro desta noite, em Bruxelas, por números igualmente expressivos.

Os belgas somam nove vitórias, tendo marcado 34 golos e sofrido apenas dois, pelo que garantiram já uma das seis vagas do pote 1, tal como a Itália, que fechou as contas com 37 golos marcados, tantos quantos os obtidos por Inglaterra (37-6). As restantes selecções do primeiro pote são precisamente Inglaterra, Ucrânia e Espanha, faltando a confirmação da Alemanha, sendo que basta a Mannschaft  vencer a Irlanda do Norte no último encontro do Grupo C, na terça-feira à noite, em Frankfurt, “imitando” assim a Espanha (Grupo F), que nesta segunda-feira se impôs na recepção à Roménia, no Wanda Metropolitano, em Madrid, por rotundos 5-0.

Fabián Ruiz desbravou caminho aos 8’, depois de um par de avisos ao guarda-redes Ciprian Tatarusanu, com Gerard Moreno (33’ e 43’) a fazer ruir a estratégia romena, assinada por um autogolo de Rus (45+1’). A Roja tinha já o primeiro lugar garantido, seguida da Suécia, que venceu as Ilhas Feroé (3-0).

Roménia e Noruega — que passou à justa em Malta (1-2) — podem ainda alcançar uma vaga via play-off, que a Grécia, apesar de ter vencido a Finlândia e ter assegurado o terceiro lugar, à frente da Bósnia Herzegovina — bateu o Liechtenstein (0-3), em Vaduz —, não disputará. 

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