Tsitsipas foi o melhor entre os melhores

O grego de 21 anos é o mais novo campeão das ATP Finals desde 2001.

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LUSA/WILL OLIVER

Em 2016, quando Dominic Thiem se estreou nas Nitto ATP Finals, um dos seus parceiros de treino foi um grego de 18 anos, Stefanos Tsitsipas. Na altura, nenhum deles esperaria que, três anos depois, estivessem a discutir o título nas ATP Finals, numa final cujo alto nível de qualidade rivalizou com o da emoção. E foi com apenas três pontos de diferença que Tsitsipas se tornou no mais novo campeão das ATP Finals desde 2001.

Na segunda final das ATP Finals desde 1996 discutida entre dois jogadores com uma esquerda a uma mão – em 2006, Roger Federer derrotou James Blake –, Tsitsipas confirmou os rápidos progressos e superou Thiem, com os parciais de 6-7 (6/8), 6-2 e 7-6 (7/4). Pelo quarto ano consecutivo, há um nome novo no palmarés do masters masculino.

No set inicial de mais de uma hora, ambos anularam os break-points que enfrentaram: Thiem, um no quarto jogo e dois no oitavo; Tsitsipas, dois no sétimo. Thiem começou o tie-break da melhor forma, chegando a 3/0. O grego igualou a 5-5, mas dois pontos depois, falhou uma esquerda e Thiem aproveitou o segundo set-point.

Tsitsipas recuperou rapidamente e assinou o primeiro break, a abrir o segundo set, e um segundo, para adiantar-se para 4-0, com o austríaco a ganhar somente dois pontos. O grego não teve problemas em fechar a partida, em que só cedeu dois pontos no serviço.

As dificuldades de Thiem continuaram e depois de anular dois break-points no começo do terceiro set, não impediu a quebra de serviço no terceiro jogo. Mas o austríaco reagiu e devolveu o break para 3-3 e reencontrou a intensidade inicial – e elogiada pelo adversário na antevisão desta final.

E ao fim de duas horas e meia, tudo se decidiu em mais um tie-break. Com a maioria do público a gritar pelo seu nome, foi o grego a começar melhor, mas Thiem recuperou os dois mini-breaks de imediato, igualou (4/4), mas, quando tentava passar para a frente, cometeu mais um erro (40 no total). A servir a 5/4, Tsitsipas não desperdiçou a oportunidade.

“Não foi fácil jogar com tantos nervos, não consegui manter a vantagem de um break e estou muito aliviado por ganhar. É inacreditável ter um exército a puxar por mim, motivaram-me, deram-me muita energia, fizeram sentir-me em casa. Nunca recebi um apoio assim num evento como este”, afirmou Tsitsipas, após conquistar o mais importante título da carreira, terceiro esta época, depois de triunfar em Marselha e no Estoril.

Nos pares, os finalistas de 2018, Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut, conquistaram o título, chegando ao fim do torneio sem perder um set. No derradeiro encontro, a dupla francesa venceu o sul-africano Raven Klaasen e o australiano Michael Venus, por 6-3, 6-4.

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