Tsitsipas e Thiem disputam final das ATP Finals

Ambos os tenistas ultrapassaram as meias-finais com vitórias em dois sets.

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Tsitsipas LUSA/WILL OLIVER

Novamente inspirado e recuperado depois de quase três horas passadas no court na véspera, frente a Rafael Nadal, Stefanos Tsitsipas derrotou neste sábado Roger Federer e acedeu à final das Nitto ATP Finals, após uma exibição brilhante, em que salvou 11 de 12 break-points. O tenista grego vai decidir com Dominic Thiem o maior título das respectivas carreiras.

“É claramente uma luta mental, por isso, estou muito orgulhoso por ter salvo tantos break-points. Tentei não dar facilidades ao Roger; ele estava a jogar muito bem e há que elogiá-lo também pelo que fez esta semana”, afirmou Tsitsipas que, aos 21 anos é o mais jovem finalista do “masters” desde Juan Martin del Potro, em 2009 e o terceiro estreante nas ATP Finals a chegar à final, imitando Grigor Dimitrov (vencedor) e David Goffin, em 2017. Mas um estreante e finalista mais jovem só em 1991 (Jim Courier).

A meia-final, marcada pela diferença de 17 anos entre os dois – é a maior entre semifinalistas nos 50 anos de história do evento – começou de forma equilibrada, comprovada pela relação entre winners/erros não forçados foi semelhante. A diferença esteve na conversão de break-points: Tsitsipas concretizou o único de que dispôs, logo no terceiro jogo, após o suíço perder um ponto em que executou dois smashs; Federer não aproveitou nenhuma das seis oportunidades, duas delas quando Tsitsipas serviu a 5-3, antes de concluir no sétimo set-point.

Mas à décima tentativa, logo depois de ceder o serviço, o suíço logrou quebrar o adversário e igualar o segundo set (2-2), só que não conseguiu passar para a frente do marcador, cedendo um novo break. Federer somou sete winners e acumulou 17 erros directos com a sua direita e apenas concretizou um dos 12 break-points de que dispôs, dois deles no derradeiro jogo, antes de Tsitsipas concluir o encontro com o sexto ás: 6-3, 6-4 – no Open da Austrália, Federer não aproveitou nenhum das 12 oportunidades de break que teve diante do grego, que o eliminou nos oitavos-de-final. Aliás, de todos os 63 encontros que disputou este ano, só em dois concretizou menos de 10% de break-points, ambos frente a Tsitsipas.

“Ele é duro como aço. Estou frustrado por não ter jogado melhor; ele foi melhor que eu. É o final do ano, acabou, Mas estou contente pela forma como joguei esta época e extremamente entusiasmado para a próxima”, lamentou-se Federer.

Thiem dominou um Alexander Zverev muito agressivo, mas menos consistente que o austríaco que se impôs graças a um break em cada set: 7-5, 6-3. Thiem deu seguimento à vitória sobre Novak Djokovic na fase de grupos eliminando o campeão em título.

Entre as duas meias-finais, a ATP homenageou alguns jogadores que se retiraram nos dois últimos anos: David Ferrer, Mikhail Youzhny, Nicolas Almagro, Victor Estrella Burgos, Radek Stephanek, Max Mirnyi, Marcin Matkowski, Marcos Baghdatis e, o mais recente “reformado”, Tomas Berdych

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