Banco de Portugal e CGD entregam 900 milhões a Centeno

As duas instituições deverão manter o nível dos dividendos relativos a 2019 em linha com o do ano passado, com uma ligeira descida no Banco de Portugal e uma subida na instituição liderada por Paulo Macedo.

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Francisco Romao Pereira

Numa altura em que já está a desenhar as tabelas do Orçamento do Estado para 2020, o ministro das Finanças, Mário Centeno, já tem uma noção global dos montantes que as duas instituições financeiras irão entregar em dividendos para reforçar as finanças públicas. E que lhe permitem manter estável a coluna das receitas em valores próximos dos 845 milhões encaixados no mesmo documento relativo ao corrente ano.

O supervisor liderado por Carlos Costa deverá entregar entre 600 milhões e 550 milhões de euros em dividendos, de acordo com os valores noticiados esta sexta-feira pelo Jornal Económico e Expresso, respectivamente. Valores que, segundo explicou o Banco de Portugal às duas publicações, irão reflectir o mesmo método de cálculo dos últimos anos, que permitiu libertar montantes mais elevados de dividendos para beneficiar as contas públicas. “O apuramento do montante da distribuição de resultados deste ano seguirá a mesma metodologia contabilística dos últimos exercícios, sendo que, nesta fase, esta é uma matéria sobre a qual o banco não pode antecipar qualquer informação”, sublinhou fonte oficial da instituição.

Já o banco público, liderado por Paulo Macedo, prevê entregar cerca de 300 milhões de euros, conforme noticiaram ambos os jornais nos últimos dias. Este montante é uma subida face aos 200 milhões deste ano, relativos aos resultados positivos obtidos em 2018. Esta melhoria foi mesmo sinalizada, na apresentação de resultados da semana passada, pelo presidente do banco público, que admitiu ser plausível aumentar os resultados distribuíveis ao accionista Estado na sequência dos lucros de 641 milhões obtidos nos primeiros nove meses.

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