Trilogia marítima de Adriana Calcanhotto ao vivo em Lisboa, Porto e Beja

Adriana Calcanhotto junta num espectáculo a sua trilogia do mar: Margem, Maritmo e Maré chegam juntos aos palcos de Lisboa (este sábado, no Tivoli), Porto (dia 19, Casa da Música) e Beja (dia 20, no Pax Julia). Sempre às 21h30.

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Adriana Calcanhotto DR

Depois do disco, os palcos: Adriana Calcanhotto lançou Margem em Maio deste ano, como terceira peça de uma trilogia das águas, começada com Maritmo, em 1998, e continuada em Maré, de 2008. Três discos no espaço de 20 anos, agora juntos num espectáculo estreado no Brasil em Agosto e que agora chega a Portugal: este sábado em Lisboa, no Tivoli BBVA; dia 19 no Porto, na Casa da Música; e dia 20 em Beja, no Pax Julia. Todos às 21h30.

“O show mistura o disco Margem com o Maritmo e com o Maré. A ideia básica é essa”, diz Adriana ao PÚBLICO. “Acontece que tem muitas canções que eu não posso deixar de fazer e estão um pouco contaminando essa apresentação. Como a canção Futuros amantes, do Chico [Buarque], que eu gravei como bónus do Margem para o Japão (eles exigem uma canção bónus), numa edição que ainda nem saiu. Mas eu faço essa canção porque a considero irmã de Os ilhéus, elas estão juntas no show, acho que é um momento interessante.”

Uma onda sobre o palco

O cenário não será exactamente o do Brasil, por questões de logística. “Talvez venha uma versão menor. Mas é muito simples: é uma onda, de pano, pendurada, e tem no fundo um ciclorama que vai mudando, como se começasse o show de dia, passa para a noite, volta para o dia e, no final do espectáculo, aquela onda cai – como é de pano, ela cai mesmo.”

No Brasil, a estreia do espectáculo foi em Agosto, em Belo Horizonte. “Fizemos já grande parte das capitais e, uma coisa muito interessante, fomos para o interior do Pará, do Piauí, lugares onde é muito difícil fazer shows, no geral, e ainda mais um espectáculo maior.” E a reacção do público surpreendeu-a: “Tem sido um fenómeno, uma coisa que eu não esperava. Imaginei que a esta altura já tivesse arrefecendo um pouco, mas não, tenho ainda convites. E fiz os Estados Unidos também, que foi muito incrível e que eu nunca tinha feito.”

Os EUA, pela primeira vez

Nos EUA, Adriana esteve em seis cidades: “Cantei pela primeira vez em Nova Iorque, que era a única cidade que eu já conhecia e de que gosto muito. Mas nunca tinha ido a São Francisco, nem a Los Angeles, nem a Boston, nem a Orlando.” De Nova Iorque guarda uma grata memória: “Foi maravilhoso. Os críticos não puderam escrever porque tinham feito matérias sobre cantoras brasileiras há pouco tempo, mas um deles [James Gavin] postou no Facebook dele que eu tinha uma elegância de Andrey Hepburn mas tendo uma coisa selvagem por dentro [a frase integral é: “Ela é cool e elegante como Audrey Hepburn, mas há algo de psicadélico e selvagem que brota do seu interior. E vai até aos territórios escuros que eu amo, como na canção Metade: “Eu perco o chão, Eu perco a hora, Eu perco as chaves de casa, Eu chego no fim... Eu não moro mais em mim” – não é esta a ordem dos versos, mas foi assim que James Gavin os descreveu]. Gostaram sobretudo da parte voz e violão do show, que na verdade no Brasil não tem, mas fiz nos EUA porque era a primeira vez.”

Depois dos três espectáculos em Portugal, Adriana tem ainda cinco na Europa: Barcelona (23), Frankfurt (24), Hamburgo (29), Londres (30) e Paris (1/12). Isto antes de regressar ao Brasil, onde tem já agendada uma apresentação do espectáculo no Rio de Janeiro (5/12).

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