Veneza declarou estado de emergência devido às cheias que já mataram duas pessoas

A situação da cidade é “dramática”, disse o presidente da câmara advertindo que esta cheia vai deixar “marcas permanentes”. É esperada nova subida da água esta quarta-feira.

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Veneza enfrenta a sua pior cheia desde 1966 - vai deixar "marcas permanentes" MANUEL SILVESTRI/Reuters
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Veneza enfrenta a sua pior cheia desde 1966 - vai deixar "marcas permanentes" ANDREA MEROLA/EPA
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Veneza enfrenta a sua pior cheia desde 1966 - vai deixar "marcas permanentes" Manuel Silvestri/Reuters
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Veneza enfrenta a sua pior cheia desde 1966 - vai deixar "marcas permanentes" MANUEL SILVESTRI/Reuters
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Veneza enfrenta a sua pior cheia desde 1966 - vai deixar "marcas permanentes" MANUEL SILVESTRI/Reuters

O presidente da câmara de Veneza, Luigi Brugnaro, declarou o estado de emergência na cidade italiana que está inundada devido às piores cheias em 50 anos. Espera-se nova subida da água esta quarta-feira, que vai agravar a destruição de estruturas e edifícios, e duas pessoas já morreram, segundo o jornal La Stampa.

A cheia fez transbordar a lagoa da cidade, causando ondas de mais um metro e meio na Praça de São Marcos. Devido à chuva intensa, o nível da cheia da lagoa estava na terça-feira à noite nos 1,87 metros, o segundo mais alto desde os 1,94m registados em 1966. 

Ruas transformaram-se em rios de águas agitadas, balaustradas de pedra desfizeram-se com a força das águas, barcos foram empurrados para terra e gôndolas atiradas contra os cais, quando a maré atingiu o ponto máximo.

“Veneza está de joelhos. Os danos vão chegar a centenas de milhões de euros. Isto é o resultado das alterações climáticas”, afirmou o presidente da câmara. 

Reuters/MANUEL SILVESTRI
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Segundo o La Stampa, a cheia provocou a morte a um idoso que foi electrocutado quando a água lhe entrou em casa na ilha de Pellestrina, causando um curto-circuito, e outro homem foi encontrado morto também em casa.

Mais de 85% da cidade está alagada. E esta quarta-feira é esperada uma onda de 1,60 metros.

Brugnaro explicou que as alterações climáticas são responsáveis pela “situação dramática” da cidade e justificou a declaração do estado de emergência dizendo que esta cheia é “uma ferida que vai deixar marcas permanentes”.

O presidente da câmara exigiu que o Governo de Roma ajude a cidade a pagar os prejuízos, que vão ser “muito elevados”. As cheias de 2018, menos graves perante a deste ano, fizeram danos de 2,2 milhões de euros na Basílica de São Marcos.

Desta vez, a cripta da Basílica de São Marcos teve água até à altura de 1,20 metros. Foi a sexta vez em 1200 anos que a basílica sofreu uma inundação - mas foi a quarta vez nos últimos 20 anos. Por isso Brugnaro foi rápido a atribuir a falar nas alterações climáticas e, nomeadamente, a responsabilizar a subida do nível dos mares, provocada pelo aumento da temperatura média do planeta. 

Brugnaro exigiu ainda que o projecto Moses (sigla de Modulo Sperimentale Elettromeccanico), uma rede de barreiras para proteger a lagoa e impedir a subida do nível da água, anunciado em 2003, seja terminada. Mas o projecto, interrompido várias vezes (uma delas devido a um caso de grande corrupção, em 2014), tem a oposição dos ambientalistas devido aos danos que vai provocar no ecossistema da lagoa. Orçamentado em 5,5 mil milhões de euros, devia ter ficado pronto em 2016 mas as últimas previsões dizem que não deve começar a funcionar antes de 31 de Dezembro de 2021, segundo o jornal Corriere dela Sera

A guarda civil disponibilizou barcos extra para servirem de ambulâncias, diz o jornal The Guardian, e os táxis-barco estão a enfrentar dificuldades para transportar os passageiros nesta cidade com excesso de turismo, porque a maior parte dos passadiços foram destruídos pela água.

As ruas de Veneza estão alagadas e cheias de detritos arrastados pela água e na zona central, os estabelecimentos comerciais estão inundados.

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