Facebook lança guia do Porto feito pelas comunidades. É para “celebrar a cidade”

É a 13.ª terceira cidade na Europa a ter guia by Facebook e é assinado por 22 grupos portuenses. O Porto tradicional e trendy, das tascas às galerias, das memórias à feiras.

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Azulejos por "Preencher vazios" Ricardo Castelo
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Vinho por "Vinho, saber provar!" Ricardo Castelo
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Onde comer vegetariano por "VeganHood" Ricardo Castelo
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Memórias da cidade por "Porto Desaparecido" Ricardo Castelo
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Encontros de filosofia por "Clube Filosófico do Porto" Ricardo Castelo

Depois de Lisboa, em 2018, chegou ao Porto o guia que pretende mostrar a cidade “vista pelos olhos das próprias comunidades do Facebook”. A equipa da rede social seleccionou 22 páginas e grupos dedicados a cada assunto específico e convidou-os a realizar uma selecção dos locais por eles escolhidos para integrar neste guia.

Tascas, vinhos, museus e património cultural, azulejos, lugares escondidos ou mesas vegetarianas são só alguns dos temas que encontramos no guia que foi lançado esta quarta-feira no Porto e que tem o apoio da autarquia.

“De comunidades para comunidades”, está dividido em duas partes – tradicional e trendy, que é como quem diz moderno – porque “os portuenses fazem uma distinção clara entre a parte moderna/criativa e o património cultural”, disse à Fugas Lola Baños, directora de comunicação do Facebook em Portugal e Espanha.

“As pessoas do Porto são vibrantes”, comenta, contando que foram feitos os primeiros contactos “a resposta foi superpositiva”. “Todo o processo foi muito rápido e tivemos o cuidado de escolher apenas pessoas que tenham nascido aqui ou que já vivem no Porto há algum tempo”, explicou, referindo que este é o 13.º guia de uma cidade europeia criado pela rede. 

Aqui, poderão encontrar-se “dicas e recomendações para ficar a conhecer os segredos mais bem guardados da cidade”, tudo assinado por membros de 22 grupos do Facebook dedicados à Invicta. 

Tascas, francesinha, vinhos...

Um dos participantes é Pedro Tsou, que gere a comunidade Tascas no Porto. Conta que criou a página por notar que “o grande movimento turístico veio desvincular as típicas tascas, o que o deixou “triste”. Por isso mesmo, decidiu criar a página que serve tanto de “memória viva dos estabelecimentos de espaços que existiam, como de divulgação aos que existem actualmente”, contou à Fugas.

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Capa com elementos característicos do Porto: Torre dos Clérigos, "fino" e francesinha Capa do guia

Para esta lista, destaca as tripas à moda do Porto, na Adega Viseu, a francesinha no Bugatti Caffe ou a bifana, n' O Astro Cervejaria. Come nas tascas, tira fotografias e publica online para destacar as melhores tascas do Porto. A visita é feita “sempre de modo anónimo, porque o restaurante pode fazer alguma alteração no prato e a intenção da página não é essa”, salienta.

Já Clóvis Alves tem, desde 2011, uma página chamada A Francesinha, onde publica os melhores restaurantes onde “devorar” esta especialidade do Porto – Santiago, Pombeiro ou Santa Francesinha são alguns exemplos. Já foi a “mais de 50 sítios, pelo Porto e arredores”. Tem a atenção de voltar uma segunda ou terceira vez ao mesmo espaço caso não goste à primeira porque “uma vez pode não correr bem” e não gosta de “avaliar a francesinha só com uma ida ao restaurante”, conta-nos Clóvis.

Não vai aos restaurantes pelo seu espaço ou preço, mas apenas pela francesinha, que avalia tendo em conta as camadas, que têm de "proporcionar uma experiência em que consigamos distinguir as camadas e os ingredientes”. A batata frita, “que também é importante, não deve ser pré-cozinhada ou congelada” e o molho, “que não é o mais importante, mas sim um extra”. No entanto, salienta que “o sabor do molho não se pode sobrepor ao sabor da francesinha”.

No que toca a vinhos, Duarte Costa Pereira, que dá formação de vinhos desde 2007 e gere a página Vinho, saber provar!, destaca a Vinoteca de Copo e Alma, a Capela Incomum ou a Casa do Livro. “São lugares de que eu sou cliente e que apresentam uma grande diversidade de vinhos e um atendimento também muito bom”, disse à Fugas. Salienta que na Capela Incomum, para além de existir “uma boa ligação entre vinhos e tapas”, também é um espaço que “privilegia pequenos produtores”. O autor deste grupo considera que “não há maus vinhos, existem paladares diferentes”.

Da gastronomia à cultura, podemos Preencher Azulejos Vazios, o projecto de Joana Abreu, que também podemos encontrar no guia do Facebook. A autora deste projecto preenche com novos azulejos fachadas que já tenham azulejos danificados. No guia diz-nos as melhores ruas pelas quais passar e “apreciar” a sua arte nas paredes.

De comidas a passeios também podemos consultar no guia locais escondidos para fotografar, feiras de rua da grande Porto, onde comer vegetariano, galerias de arte e arte urbana, onde andar de skate pelo Porto, entre outros temas.

Com design de José Cardoso e fotografias de Ricardo Castelo, a obra tem 72 páginas e “celebra a cidade do Porto, mas também o Facebook”, conclui Lola Baños. Estará disponível online em português e inglês (aqui em versão PT) no site dedicadao aos City Guides by Facebook.

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