Warrants: investir com menos para proteger ou alavancar investimentos

Entre as várias opções que o mercado oferece a um investidor, os warrants permitem proteger a carteira ou alavancar os investimentos de modo a gerar mais-valias quando os mercados estão em tendência de queda. Mas o que são e como funcionam? É isso que vamos agora responder.

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Entre os atractivos que os investidores mais experientes apontam aos warrants estão o permitirem investir em diversos tipos de títulos e geografias ou o abrirem a porta a ganhos tanto em tendências de desvalorização como de valorização dos mercados. Mas além de serem vistos como apostas isoladas, os warrants também podem ser tidos em conta numa visão mais global de uma carteira de investimento, já que permitem proteger ou alavancar investimentos.

Mas o que são warrants?

Falamos de um instrumento financeiro, cotado, que permite adquirir direitos de compra (Call Warrant) ou de venda (Put Warrant) sobre uma acção, divisa, matéria-prima ou índice, direitos esses que podem ser negociados até ao último dia de negociação, data que já se encontra previamente definida. 

Em causa está um contrato em que o comprador fica com o direito de comprar ou vender um activo subjacente a um determinado preço e numa data concreta. Na prática, o detentor do warrant não irá comprar nem vender o activo subjacente, irá sim receber um reembolso em dinheiro, que representa o valor do warrant na data de maturidade. O reembolso será positivo ou nulo, já que o investidor não poderá perder mais do que o seu investimento inicial.

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Se o warrant visar as acções de uma empresa por exemplo, essas acções são o subjacente, sendo que ao ter na carteira um warrant dá o direito de comprar ou vender, dependendo do tipo de warrant, essas acções pelo preço previamente definido.

Em termos práticos, imaginemos que em Janeiro investe num warrant de uma acção fixando como preço de compra os 10 euros e até ao fim do prazo a acção valoriza até 12 euros. O valor a receber neste caso é a diferença entre o preço corrente do activo e o preço do exercício. Já no caso de investir num warrant de venda a 8 euros sobre a mesma acção e ela evoluir para os 12 euros, não é obrigado a exercer o direito mas perderá o que pagou pelo warrant propriamente dito.

Com este instrumento, o investidor obtém uma exposição a variações do preço da acção, que corresponderia a um investimento bastante superior, caso optasse por adquirir as acções no mercado à vista.

O investidor tem ao seu dispor um grande número de produtos disponíveis para negociação sobre diferentes activos subjacentes, sejam acções, índices, divisas, obrigações ou matérias-primas.

Além da plataforma online MyBolsa ou da página na internet dedicada aos warrants, o BiG disponibiliza a negociação em horário alargado (das 8h às 21h) através da plataforma Direct Trade, que disponibiliza activos emitidos pelo Commerzbank. Para um conjunto de 18 mil instrumentos, o BiG tem a exclusividade da distribuição em Portugal.

Por todos estes motivos, segundo os indicadores mensais de recepção de ordens publicados pelo regulador CMVM, o BiG foi, de Janeiro a Setembro de 2019, o intermediário financeiro com o maior volume negociado de warrants, alcançando uma quota de mercado de 52,1%.