A cada minuto há novas descobertas na área da saúde, surgem tratamentos cada vez mais inovadores, alicerçam-se extraordinárias técnicas e surgem tecnologias de ponta. Mas também chegam novos desafios para todos aqueles que tocam o universo da saúde, a todo o momento, e que levam a uma exigência maior no papel de cuidar. Num mundo tão complexo como o nosso, é importante recordar e debater que são as pessoas o centro das atenções a todos os níveis. E é em torno dessa ideia que se ergue a programação daquela que é a segunda edição do Clinical Summit, uma iniciativa fundada e organizada pelo Grupo Lusíadas Saúde.

Destinado a profissionais de saúde e gestores de todas as instituições – públicas e privadas – o II Clinical Summit decorre no dia 16 de Novembro de 2019, no Centro de Congresso do Estoril, e o tema desta edição foca-se, sobretudo, na compaixão e na inovação dos cuidados de saúde prestados ao longo da vida de uma pessoa. “O mote deste ano é The Circle of Life, porque o nosso foco é justamente acompanhar a pessoa nas suas várias fases da vida, desde que nasce até que morre. Ao mesmo tempo, é também reflectir sobre a evolução, não só da medicina como ciência, mas também do gesto de cuidar como missão intrínseca ao exercício da medicina, e que não pode ser descurado” começa por explicar Maria Eduarda Reis, Presidente do Conselho Médico da Lusíadas Saúde. Sobre a programação, declara que “os temas surgiram da necessidade de partilhar e interceptar a investigação científica e tecnologia de ponta à relação humana indelevelmente ancorada na empatia e compaixão.”

As várias fases da vida em debate

O encontro vai abordar temas decorrentes do cruzamento das várias fases da vida do ser humano com o crescimento da investigação, da tecnologia, da medicina e do profissional de saúde. Da parte da manhã, destaca-se a sessão de abertura às 9h45, com Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, e Leopoldo Matos, Médico e Presidente do Conselho Consultivo, que debatem o tema “Ética: cultura, segurança e liderança”. Às 10h, segue-se a conferência “Feeling a Heartbeat”, uma reflexão sobre a preservação da fertilidade, presidida pelos médicos Luís Vicente e Sónia Bally Jorge Valente. Pelas 11h, e em salas paralelas, decorrem as conferências “Prolongar e melhorar o ciclo de vida - inovação no tratamento da estenose aórtica” (sala 1) e “Protecção de dados pessoais em serviços de saúde: desafios e implicações” (sala 2). Pelas 12h, a sala principal recebe “Breathing and Discovering”, uma análise sobre o drive tecnológico na saúde e às 12h45 está prevista a conferência “Smiling and Growing”, sobre o valor dos cuidadores, com a médica Margaret Wilson, Chief Medical Officer da UnitedHealthcare Global, grupo internacional ao qual a Lusíadas Saúde pertence. 

A sessão da tarde abre com a conferência sobre a formação e o treino - “Improving and Excelling” – que contará com a participação dos especialistas Charles Souleyman Al Odeh, João Goyri O’Neill e Pedro Delgado. Às 15h, Abel García Abejas, Susana Magalhães, Ana Vieira Pita e José Luís Morais debatem sobre o tema “Medicina e Compaixão: pensar o futuro.”

Às 16h15, em salas paralelas, decorrem os debates “Cancro colorretal: Avanços que devemos conhecer” (sala 1) e “Soluções para eficiência nos serviços hospitalares” (sala 2). A encerrar, espera-se a conferência “Finding Wisdom”, em que os médicos Elika Pinho, Cristina Valadas e Pedro Correia reflectem sobre “Cuidados disruptivos centrados no doente: continuidade e ambulatorização”.

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Os desafios que os profissionais de saúde enfrentam nos dias que correm são um dos pontos em abordagem constante nesta cimeira. A Presidente do Conselho Médico da Lusíadas Saúde explica a importância indiscutível desta abordagem. “Os desafios de um profissional de saúde são hoje de uma abrangência nunca tida. Não basta tratar nem basta cuidar. É preciso ter o doente como parceiro e isso requer uma enorme empatia no entendimento da visão do outro; isto não é ciência, não se aprende; isto é compaixão, apenas se sente e se projecta”.

Sobre a tecnologia, adianta que o avanço da mesma “deve ser utilizado na medida em que nos possa libertar para o exercício da empatia e compaixão; estes sim só exequíveis por nós como seres humanos e humanizadores”, salientando que “os avanços tecnológicos e a superespecialização permitem-nos novas fronteiras e novas formas de prestação de cuidados com melhores resultados clínicos, maior segurança e maior conveniência para o doente.”

A sustentabilidade do sistema é outro dos temas em discussão ao longo deste dia já que surge “como necessidade incontornável reclamando uma proposição de valor na utilização de recursos quer sejam humanos ou técnicos, exigindo maior responsabilização e envolvimento individual.”

Sobre as expectativas do evento, Maria Eduarda Reis espera que as conferências tenham a capacidade de mover quem estiver na plateia. “Este é um momento privilegiado de reflexão sobre a vida e a sua dependência, não só da evolução da medicina, mas, e talvez acima de tudo, da forma como é praticada e sentida pelos profissionais para ir ao encontro das expectativas de quem nos procura. Temos de prolongar a vida, mas acima de tudo fazer com que esta seja gratificante e bem vivida”, reflecte.

Em relação à importância do evento para a Lusíadas Saúde, não tem dúvidas. “Este encontro clínico está a tornar-se um momento de partilha, esperado com muita expectativa não só pelos colaboradores do Grupo Lusíadas como pelos nossos parceiros. É um momento de grande união e inter-relação, não só entre os vários hospitais e clínicas Lusíadas como de todas as outras unidades pertencentes à grande família UnitedHealth Group​ a que pertencemos, contando com a presença de profissionais reconhecidos deste grupo que é um dos maiores operadores de saúde no mundo.” conclui.

O evento, que decorre no Centro de Congressos do Estoril das 9h às 19h, tem um custo por entrada de €10 e o valor reverte na totalidade para a Escolinha de Rugby da Galiza, da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.