Independentistas catalães reforçam representação no Congresso

Entrada da CUP e subida do Juntos pela Catalunha permitem ampliação das forças independentistas em Madrid, mas ficaram a um deputado da maioria.

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A ERC, liderada por Gabriel Rufián, voltou a ser o partido mais votado na Catalunha EPA / ALBERTO ESTEVEZ

As forças independentistas catalãs saíram reforçadas e vão aumentar a sua representação no Congresso dos Deputados, embora não tenham alcançado a maioria dos lugares em disputa. O descalabro nacional do Cidadãos manteve-se também na região onde foi fundado, tendo sido a força política menos votada entre as que elegeram deputados.

A Esquerda Republicana Catalã (ERC), liderado por Gabriel Rufián em substituição de Oriol Junqueras, um dos dirigentes independentistas condenados, repetiu a vitória de Abril, embora com uma ligeira queda que valeu ao partido a perda de dois deputados. O Partido Socialista da Catalunha (PSC) manteve a sua posição praticamente intacta face às últimas eleições, consolidando o segundo lugar, com 12 deputados eleitos, menos um do que a ERC.

A saliência da crise na Catalunha, intensificada pela condenação dos dirigentes independentistas pelo Supremo Tribunal, traduziu-se em ganhos para os restantes partidos desta linha. O Juntos pela Catalunha, do ex-presidente da Generalitat Carles Puigdemont, ficou em terceiro lugar, com oito deputados, mais um do que há sete meses. Logo atrás ficou o Em Comum Podem, a formação que representa o Podemos na Catalunha, com sete deputados eleitos.

A Candidatura de Unidade Popular (CUP), que se candidatava ao Congresso de Madrid pela primeira vez desde a sua fundação, também saiu beneficiada pela polarização em torno do debate sobre a auto-determinação catalã. O partido de esquerda radical elegeu dois deputados.

Apesar dos ganhos, o sector independentista falhou a conquista da maioria dos deputados da Catalunha, que algumas sondagens davam como certa, tendo conseguido eleger 23 entre os 48 no total em jogo na região.

Os partidos de direita (Partido Popular, Cidadãos e Vox) obtiveram resultados idênticos, com cada um a eleger dois deputados. No entanto, os balanços são diferentes. O Cidadãos, de Inés Arrimadas, perde três deputados, enquanto a extrema-direita duplica o seu resultado. O PP também conseguiu aumentar a sua representação de um para dois deputados.

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