Liverpool imperial cava um fosso profundo para o City

À 12.ª jornada, “reds” já têm nove pontos de vantagem sobre o actual campeão inglês.

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Um clássico como o Liverpool-Manchester City é sempre importante para os dois, independentemente do contexto. Mas o que se disputou neste domingo, em Anfield Road, pesava mais sobre os ombros dos visitantes, que entraram em campo a seis pontos do rival (e líder isolado) e precisavam de um resultado positivo para reduzirem a distância (ou, pelo menos, não a agravarem). Foram, porém, os “reds” que saíram por cima (3-1), cavando agora um fosso de nove pontos para o actual campeão.

Em Liverpool, o City não perdeu apenas o segundo lugar da Premier League à 12.ª jornada, ultrapassado por Leicester e Chelsea. Terá perdido, também, um pouco de auto-estima, depois de um jogo em que até entrou personalizado mas no qual, aos 13’, já perdia por 2-0. Na sequência de uma arrancada de Bernardo Silva, que rompeu pela área do adversário e ficou a reclamar mão de Arnold, os “reds” recuperaram a bola, partiram para o ataque, obrigaram os “citizens” a um alívio de recurso e depois apareceu Fabinho. De fora da área, o brasileiro utilizou uma fórmula que já deu frutos noutras ocasiões e inaugurou o marcador, com um remate tremendo (6').

Pep Guardiola ficou no banco a reclamar um possível penálti na área do Liverpool, no início do lance, mas ainda estaria a pensar de que forma reagiria a equipa à desvantagem e já os campeões europeus chegavam ao 2-0. Novamente a partir do corredor esquerdo, Robertson arrancou um cruzamento perfeito, aproveitando o espaço que Kyle Walker lhe deu, e Mohamed Salah surgiu, na passada, a cabecear com classe para o segundo poste. Dois remates, dois golos e Claudio Bravo desolado.

Ainda havia quase um jogo inteiro por disputar, mas a forma como o Liverpool pressionava a saída de bola do adversário e se reagrupava quando a primeira linha de pressão era batida fazia antever dificuldades enormes para o campeão. Sem Zinchenko, o City apostava em Angeliño e essencialmente no corredor esquerdo para criar problemas aos anfitriões e ainda assustou num par de ocasiões ao longo da primeira parte: Aguero permitiu a defesa de Alisson, Angeliño levou a bola a roçar no poste.

Nada de muito significativo se alterou para o segundo tempo e o Liverpool, mais no controlo das operações, acabou por chegar ao 3-0 num lançamento de linha lateral, logo aos 51’. Jordan Henderson ganhou a linha de fundo, cruzou para o segundo poste e Sadio Mané, de cabeça, nas costas dos centrais, encostou para o seu sétimo golo no campeonato.

O City, com Kevin de Bruyne sempre por dentro, precisava de arriscar um pouco mais e continuou a recorrer a Bernardo Silva e a Sterling para desequilibrarem pelos corredores. E acabou por ser o português a reduzir, aos 78’, com um remate espontâneo que entrou mesmo junto à base do poste esquerdo da baliza de Alisson. Jürgen Klopp não gostou e decidiu resguardar-se logo a seguir, prescindindo de Firmino para reforçar o meio-campo com Oxlade-Chamberlain, responsável por auxiliar Arnold a fechar o corredor direito.

De bola parada, os “citizens” ainda assustaram nos derradeiros minutos, mas não estiveram nem sequer perto de evitar a terceira derrota na prova, mais uma do que tem o Wolverhampton. Detêm o melhor ataque da Premier League (35 golos), mas continuam longe do registo implacável de um Liverpool que, com 11 vitórias e um empate até à data, esta época parece ser um candidato ainda mais sério ao título. 

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