Romenos escolhem Presidente no meio de crise política que fez cair Governo

Klaus Ihoannis é favorito para renovar o seu mandato, mas é muito provável que não tenha votos suficientes para evitar uma segunda volta.

Foto
Estas são as eleições mais caras da história da democracia romena ROBERT GHEMENT/EPA

Escândalos de corrupção e uma tentativa de controlo do poder judicial provocaram uma grave crise política que levou à queda do Governo social-democrata de Viorica Dancila no mês passado, depois de perder uma moção de censura no Parlamento. Dancila é uma das candidatas à presidência e deverá disputar a segunda volta contra o actual chefe de Estado, Klaus Ihoannis, que se recandidata ao cargo.

Ihoannis é o favorito, as sondagens dão-lhe cerca de 40% de intenções de voto, o que é insuficiente para conseguir arrumar a questão na primeira volta que se disputa este domingo. E Dancila, com 15 a 22% das intenções de voto, afigura-se como a melhor colocada para discutir a eleição no tira-teimas a dois marcado para 24 de Novembro.

Antigo líder do Partido Nacional Liberal, Ihoannis deu posse na segunda-feira a um Governo minoritário do seu partido, chefiado pelo primeiro-ministro Ludovic Orban.

A crise política tem mantido Ihoannis e Dancila na ribalta, secundarizando na corrida outros candidatos que tentavam intrometer-se entre estes dois homens, como Dan Barna, líder da terceira maior força política romena, a União Salvar a Roménia, ou o antigo actor e encenador Mircea Diaconu.

Com 18,2 milhões de pessoas recenseadas para votar, cerca de quatro milhões fora do país, estas serão as eleições mais caras da história da democracia da Roménia, um país com um défice público de 2,8%, que será de 4,4% em 2020, a confirmarem-se as projecções, e mais de 25% da população abaixo do limiar da pobreza.

Sugerir correcção
Comentar