A política em Sena

Apesar de ter dedicado ensaios eruditos a figuras como Maquiavel, Rousseau ou o admirado Marx, Jorge de Sena não desenvolveu propriamente um “pensamento político” sistemático e estruturado nem articulou uma concepção ideológica singular ou especialmente original.

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“Não sou prostituta, nem pederasta público, nem chefe comunista, nem director de editorial, nem seareiro, nem vértice, nem o diabo”, escreveu Jorge de Sena a Eduardo Lourenço, em Junho de 1967, numa recorrente e quase obsessiva proclamação da sua independência de carácter, que era, segundo ele, a causa maior para que a pátria tardasse em reconhecer-lhe o talento, genial e imenso. Na ausência de louvores alheios, o próprio se encarregaria da solitária tarefa de cuidar do ego, informando Lourenço: “Eu não preciso que ninguém me diga que sou um dos maiores poetas de língua portuguesa, um dos contistas mais originais, um dos críticos mais importantes, autor de algum do teatro mais significativo do século.”

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