Sporting tem um adversário mais feroz do que o Rosenborg

Olhando para o que os noruegueses têm feito nesta temporada, o maior obstáculo dos “leões” deverá ser a temperatura negativa em Trondheim.

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Silas previu um jogo semelhante ao primeiro entre as duas equipas, em Alvalade LUSA/Tiago Petinga

Espera-se uma temperatura a rondar os quatro graus negativos em Trondheim, na Noruega, à hora a que o Rosenborg receber o Sporting, para a Liga Europa. A meteorologia não é convidativa, as exibições recentes do Sporting muito menos e nem o adversário entusiasma – o Rosenborg é o último classificado do grupo D, com zero pontos. Trata-se, portanto, de um jogo de contornos “cinzentos”, mas que pode ser importante para os “leões”.

Ganhando na Noruega, o Sporting não garante o apuramento, mas fica com as contas bem encaminhadas. Caso o LASK perca frente ao PSV, então só uma hecatombe impediria os “leões” de se apurarem para a próxima fase. Caso os holandeses não superem os austríacos, então as contas ficam mais “embrulhadas”, mas sempre com o Sporting em boa posição.

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Olhando para o que o Rosenborg tem feito nesta temporada – quarto na Liga norueguesa e zero pontos na Liga Europa –, o maior adversário do Sporting parece mesmo ser o frio. Temperaturas negativas serão uma novidade para quase todo plantel disponível para a partida, já que nem o macedónio Ristovski (não está inscrito) irá a jogo. De resto, o plantel é composto, quase na totalidade, por jogadores latinos e, muitos deles, da América do Sul. Sendo certo que o futebol se joga com o talento a tratar a bola, a repentina passagem dos 23 graus para as temperaturas negativas poderá ser um desestabilizador da condição física dos atletas.

Em termos de jogo propriamente dito, pouco há a destacar deste Rosenborg. Tem zero pontos, é das equipas que menos rematam na competição e utiliza um futebol rudimentar: é das que mais rematam em bolas paradas e das que mais cruzamentos fazem. Parecendo pouco em matéria de qualidade futebolística, importa destacar a dificuldade que o Sporting tem tido não só no jogo aéreo como na defesa de bolas paradas. E é por aí que poderá dar-se uma eventual surpresa.

Apesar destes traços de “personalidade”, o treinador do Rosenborg, Eirik Horneland, prometeu diferenças na equipa escandinava. “Vai ser mais renhido e repartido na posse de bola do que o jogo em Lisboa. Será essa a maior diferença”, prometeu. E acrescentou, com esperança: “Temos de vencer para nos mantermos na discussão do grupo. Se repetirmos a exibição que fizemos em Lisboa, podemos vencer e conquistar os três pontos, para discutirmos o apuramento”.

Por outro lado, Silas, treinador do Sporting, espera um jogo semelhante ao de Alvalade. “Já estivemos a ver vários jogos deles e as dinâmicas são sempre muito parecidas, o sistema e estilo de jogo. Apostam muito no jogo directo, já o usaram connosco aqui, e esperamos o mesmo género de jogo lá. Esperamos um jogo muito parecido”. O técnico chamou Pedro Mendes, Diogo Sousa e Gonzalo Plata, bem como Wendel, regressado após castigo interno, enquanto Mathieu, Acuña e Jesé não viajaram para a Noruega.

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