Marcelo pede respostas mais rápidas para sem-abrigo

O Presidente da República quis com esta iniciativa “medir o pulso” à evolução da situação das pessoas sem-abrigo, que “é uma situação em mudança”. Quanto à meta de resolver totalmente este problema até 2023, Marcelo diz que isso depende da capacidade de resposta e do contexto internacional.

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O Presidente da República pediu na terça-feira respostas mais rápidas para a integração das pessoas sem-abrigo, durante uma noite em que ajudou a distribuir refeições nas ruas de Lisboa. No seu contacto com os sem-abrigo, Marcelo Rebelo de Sousa chegou mesmo a receber a oferta de um cão bebé para cuidar, mas o animal, ainda pequeno, acabaria por ficar com o resto da ninhada e com os donos. 

Marcelo Rebelo de Sousa retomou as suas iniciativas de apoio e de sensibilização para a situação das pessoas sem-abrigo num percurso que começou em Sete Rios, passou pelo Rossio, por Santa Apolónia e acabou em Alcântara, acompanhado pela ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

Horas antes, na terça-feira à tarde, tinha dito que era preciso perceber se o novo Governo, com uma nova equipa na Segurança Social, tencionava ou não prosseguir o caminho iniciado pelo executivo anterior nesta matéria.

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Logo no primeiro ponto, nas instalações do Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA), em Sete Rios, os dois estiveram lado a lado a embalar refeições quentes, equipados com aventais brancos, e a ministra assegurou que, “em completa articulação”, o Governo quer continuar as acções de procura de habitação e de soluções para as pessoas sem-abrigo.

“O nosso compromisso é continuar a implementar a estratégia e adaptá-la naquilo que for preciso”, afirmou, prometendo “não dar nunca o trabalho como adquirido”.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “ter a ministra que tem a tutela do sector empenhada no terreno é fundamental” e que Ana Mendes Godinho “está a meter a cabeça em cheio” neste problema.

A “boa notícia da noite”

A noite começou com “uma boa notícia” quanto às instalações desta instituição em Sete Rios, com o presidente da administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, a anunciar pessoalmente que o CASA poderá permanecer no local mais algum tempo do que o previsto, até ao final do próximo ano. O chefe de Estado comentou que “essa foi a boa notícia da noite”.

Também no local, o vereador da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro dos direitos sociais, Manuel Grilo, eleito pelo Bloco de Esquerda, declarou que seguramente se encontrará depois uma alternativa dentro dos espaços camarários.

Mais tarde, junto à Estação do Rossio, o Presidente da República e a ministra ajudaram a distribuir refeições a um pequeno grupo de cerca de meia dúzia de pessoas, com tendas, que reagiram de imediato à presença de repórteres de imagem: “Não filmem”.

Paulo Lopes, de 45 anos, queixou-se ao Presidente da República do tempo que ele e a companheira têm estado à espera de casa. “A candidatura está a demorar muito tempo, vamos ver isso”, disse-lhe Marcelo Rebelo de Sousa, defendendo que “é preciso acelerar isso”.

“Há candidaturas aqui apresentadas que temos de ver por que é que estão a demorar”, acrescentou mais à frente, aos jornalistas, pedindo pressa: “É preciso que os procedimentos que estão definidos, e que começaram, e bem, no passado, sejam continuados e acelerados”.

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Quanto à meta de resolver totalmente este problema até 2023, acabando com as situações de pessoas sem-abrigo, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que isso depende não só da capacidade de resposta, mas também do contexto externo: “Se houver crise internacional aumenta imediatamente o número de sem-abrigo. Durante o período da crise em Lisboa não havia 361 como hoje, havia 1400”.

O Presidente da República quis com esta iniciativa “medir o pulso” à evolução da situação das pessoas sem-abrigo, que “é uma situação em mudança” — e irá também ao Porto, em breve — e transmitiu a ideia de que chegaram novas pessoas e algumas, entretanto, foram alojadas.

“Só que é pouco para as necessidades e há pressões que surgem. Basta a economia — não é o caso — desacelerar muito, ou haver uma influência externa em termos de crise económica para aumentar o número de pessoas”, alertou.

Notícia actualizada: Corrige a informação de que Marcelo Rebelo de Sousa teria ficado com o cão.

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