Depois das bicicletas, Uber põe 200 trotinetes nas ruas de Lisboa

Viagens vão custar 20 cêntimos por minuto. Na semana passada, a empresa sueca Voi anunciou que ia retirar 200 trotinetes das ruas de Lisboa, deixando de operar em Portugal.

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Primeiro, chegaram as bicicletas Jump, agora serão as trotinetes eléctricas partilhadas da marca que é detida pela Uber a circular por Lisboa. O anúncio foi feito no palco principal da Web Summit, que está a decorrer pelo quarto ano consecutivo em Lisboa, pelo director de produto da Uber, Manik Gupta. Nos próximos dias, estarão a circular pela cidade 200 trotinetes eléctricas, disponíveis 24h por dia, custando aos utilizadores 20 cêntimos por minuto, sem taxa de desbloqueio.

Este novo serviço entra em Lisboa depois de a empresa sueca Voi ter recentemente anunciado que ia deixar de operar em Portugal, retirando das ruas 200 trotinetes. A empresa justificou a saída com as condições regulatórias e de mercado. “Lamentamos anunciar que decidimos encerrar as nossas operações em Lisboa e, de forma efectiva, em Portugal. A decisão de deixar Portugal foi feita depois de uma ponderação cuidada e é baseada nas condições regulatórias e de mercado”, notou a empresa em comunicado. 

Na mesma nota, a empresa falava da “desorganização” e da “circulação insegura” que se vive em Lisboa, tendo em conta o elevado número de empresas que disponibiliza este serviço na capital — chegaram a ser, pelo menos, nove — sugerindo que o processo de licenciamento deste serviço, que está nas mãos da câmara, seja alterado, recorrendo, por exemplo, a um leilão de licenças.

Esta é a segunda novidade da empresa norte-americana para Lisboa num mês. No início de Outubro, a Jump disponibilizou uma espécie de passes mensais para a utilização das suas bicicletas eléctricas partilhadas e anunciou o aumento do preço das viagens fora dos planos de subscrição, passando de 15 para 20 cêntimos por minuto. 

À semelhança do que já acontece com os veículos das restantes empresas, o estacionamento das trotinetes está proibido nas “zonas vermelhas” definidas pela autarquia e que incluem zonas do centro da cidade, Chelas, Alta de Lisboa e parte norte da freguesia da Ajuda.

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