Sondagem mostra Livre, Chega e PAN a subirem depois das eleições

Números mostram que a Iniciativa Liberal poderia não eleger se as eleições tivessem sido entre 22 e 28 de Outubro. E a derrota do PSD seria bem pior.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Quase um mês depois das legislativas, se as eleições tivessem sido na passada semana, os pequenos partidos estariam ainda mais reforçados, a derrota do PSD seria ainda maior e o PS também caía ligeiramente. Essas são as principais conclusões de uma sondagem da Intercampus divulgada nesta segunda-feira pelo Correio da Manhã e cujo trabalho de campo foi realizado entre 22 e 28, ainda antes da discussão do programa do Governo e de qualquer intervenção dos pequenos partidos no Parlamento.

De acordo com os resultados da sondagem, o Livre poderia chegar aos 2,7% em vez dos 1,14% que obteve nas eleições, ao passo que o Chega quase duplicava a votação, de 1,35% para 2,5%. Já o PAN, que quadruplicou o número de deputados, teria um crescimento bem mais robusto uma vez que em vez dos 3,49% que teve, registaria 5,3% e ultrapassaria mesmo o CDS.

Os centristas conseguiriam um resultado idêntico ao das eleições: 4,4%. E a CDU, a coligação que junta o PCP e o PEV, conseguia um pouco mais do que nas eleições - 6,9% em vez de 6,66%. Os bloquistas também ficariam melhor no retrato: dos 10,01% apurados nas legislativas poderiam crescer para 10,7%.

Do lado das quebras, o Iniciativa Liberal poderia até não eleger, já que a sondagem lhe dá apenas 0,8%, enquanto nas eleições obteve 1,35%. O tombo do PS também é grande: em vez dos 38,02% ficar-se-ia por 35,6%, e os sociais-democratas teriam 24,8% em vez dos 29,18% que a CNE contabilizou.

Há, porém, uma ressalva: os valores da sondagem são referentes a uma extrapolação feita a partir de entrevistas realizadas apenas em Portugal continental (604, metade do habitual em sondagens em tempo de campanha eleitoral) ao passo que o valor apresentado como resultado das eleições inclui os valores das regiões autónomas e dos dois círculos da emigração. O Correio da Manhã compara com os valores provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, mas o PÚBLICO usa aqui os resultados do mapa oficial publicado pela CNE.

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