“As pessoas falam sempre de África como sendo outro lugar, mas África faz parte do mundo”

Uma das maiores figuras vivas do jazz mundial, cuja vida dava (e deu!) não um mas vários filmes, Abdullah Ibrahim voltou em 2019 aos discos de originais. África, Nova Iorque, a música, o Islão – para todos eles o sul-africano há muito encontrou o seu Budo.

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Apesar de a biografia constante do seu sítio oficial fazer referência a populações de herança “mista”, dir-nos-á, quando conversamos sobre as suas origens, que não reconhece tal coisa. Quando conversamos sobre o Budo e, por arrasto, das “artes marciais” das quais é apresentado como sendo um religioso praticante, afirmará desconhecê-las. Obviamente que ninguém esperaria que, aos 85 anos, uma das lendas vivas da música mundial, figura maior do jazz americano e do Cape Jazz sul-africano, se preocupasse em escrever pelo seu punho as linhas da sua biografia oficial. Mais ainda tratando-se de alguém tão devoto do instrumento – é assim, aliás, que, educadamente, pedirá para se retirar. “Peço-lhe desculpa, mas agora tenho mesmo de voltar para o piano”.

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