Ok do CDS a Manuel Monteiro fica na gaveta até nova liderança

Refiliação foi anunciada em Setembro, na véspera de se iniciar a campanha eleitoral para as legislativas. Abel Matos Santos já criticou atraso.

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Manuel Monteiro Adriano Miranda

Já tinha corrido a notícia de que o CDS-PP estava a fazer uma espécie de veto de gaveta ao regresso de Manuel Monteiro ao partido. Agora, a direcção de Assunção Cristas assumiu que não vai mesmo tomar nenhuma decisão sobre o assunto nos próximos tempos. “Essa é uma decisão que ficará na pasta de transição” para a liderança que sair do congresso nacional de Janeiro de 2020, admitiu Pedro Morais Soares, secretário-geral do partido. O conclave realiza-se a 25 e 26 de Janeiro por ter sido a data do simbólico congresso do Palácio de Cristal em 1975.

Manuel Monteiro anunciou a intenção de se refiliar em Setembro - e logo deu entrada à papelada na concelhia da Póvoa do Varzim. Desde então, e apesar das notícias que indicam um adiamento propositado, tem-se mantido em silêncio sobre o assunto. O mesmo não acontece com Abel Matos Santos, porta-voz da Tendência Esperança em Movimento. Após o último conselho nacional do CDS, o dirigente, que é o único candidato à liderança, considerou o acto de adiar o regresso de Monteiro “censório e pouco democrático”​ num partido que se diz pluralista. 

Já nesta sexta-feira Abel Matos Santos voltou a considerar “altamente censurável” a remissão, para a próxima liderança, do processo de a refiliação do ex-líder Manuel Monteiro. “Esta atitude, ilegal e contrária aos mais elementares princípios morais e éticos, por parte do secretário-geral e, pelos vistos, apoiada pela ainda presidente do CDS, é altamente censurável e revela bem o nível rasteiro a que levaram o CDS”, escreveu na sua página no Facebook.

Para Abel Matos, “Manuel Monteiro está legalmente filiado”, já que a concelhia da Póvoa de Varzim aceitou, “por unanimidade" a sua inscrição. “O CDS não pode ser refém dos estados de alma de ninguém. Tem de deixar de ser um partido capturado”, acrescentou. “É também para combater atitudes como esta que me candidato, para trazer decência e rectidão ao CDS”, disse. com Lusa

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