Bruno Lage, treinador do Benfica, afirmou que o jogo com o Lyon, na próxima terça-feira, para a Liga dos Campeões, não vai influenciar as opções diante do Rio Ave (sábado, 18h). “O “onze” será decidido em função da estratégia e momento de cada um. Poderá haver mudanças ou não. Ainda há muitas situações a avaliar. É um jogo de cada vez. O melhor “onze” entrará em campo para vencer”, afirmou o técnico, nesta sexta-feira, em conferência de imprensa.

O treinador do Benfica falou, ainda, do reencontro com Carlos Carvalhal, depois de ter trabalhado com o treinador do Rio Ave no Al Ahli, Sheffield Wednesday e Swansea. “O jogo não é entre treinadores, mas sim entre duas equipas, Benfica e Rio Ave. Temos um passado em comum. Quando estava a começar, estagiei com ele no Belenenses e no Vitória de Setúbal. Já são muitos anos e somos amigos”, confessou, apesar de descartar quaisquer vantagens para ambos os lados, devido ao conhecimento que existe. E deixou elogios ao adversário.

“É uma equipa com boas dinâmicas colectivas e que tem dois pontas-de-lança de qualidade [Bruno Moreira e Taremi]. Tem enorme competência, como se viu nos jogos com o Sporting, fora de casa, e com o FC Porto, em casa”.

Bruno Lage foi questionado, também, sobre as mudanças de sistema nos adversários que defrontam o Benfica, sobretudo pelo maior reforço da zona central, mais concretamente com a aposta no 5x4x1 ou 5x3x2, que poderá também ser adoptado pelo Rio Ave, na Luz.

“No ano passado, poucas equipas jogavam com esse sistema. Sporting, Belenenses e o Desportivo das Aves. Cada sistema oferece espaços e temos de saber jogar com isso. O Rio Ave vai fazer um jogo muito semelhante ao que fez com Sporting, ou seja, uma equipa personalizada e a jogar no campo todo”, referiu.

Carvalhal quer Rio Ave de olho na vitória

Já Carlos Carvalhal, técnico dos vila-condenses, lembrou as diferenças de recursos entre as duas equipas para fazer face à cadência de jogos nesta fase do campeonato, mas prometeu, ainda assim, um Rio Ave a entrar no Estádio da Luz “à procura de vencer”.

“O Benfica tem uma possibilidade de rotação mais efectiva, mas vamos à procura de fazer o nosso jogo, e de vencer, procurando aproveitar os poucos pontos fracos deste adversário, sabendo que, se não é o mais difícil, será um dos jogos de maior grau de dificuldade na Liga”, admitiu.

“Para vencermos estes jogos temos de ser uma equipa competente e consistente nos 90 minutos, não pode ser de espasmos”, vincou Carvalhal, acrescentando: “Estamos disponíveis para ir a jogo com a ambição de quem vai tentar ganhar a todo o lado”.