Goleada coloca Benfica como líder isolado da I Liga

Os campeões nacionais isolaram-se no topo da classificação graças a um triunfo folgado sobre o Portimonense e ao empate do FC Porto com o Marítimo.

Vinicius
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Vinicius LUSA/MIGUEL A. LOPES
,Alexandru Spiridon
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Momento o jogo entre o Benfica e o Portimonense LUSA/MIGUEL A. LOPES
,Liga dos Campeões da UEFA 2018-19
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Rúben Dias festeja o seu golo LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Vinicius LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Momento o jogo entre o Benfica e o Portimonense Reuters/RAFAEL MARCHANTE

Depois das vitórias pragmáticas e minimalistas, o Benfica recuperou a sua identidade goleadora para assumir a liderança isolada do campeonato, com um triunfo por 4-0, na Luz, sobre o Portimonense. Os “encarnados” aproveitaram da melhor forma o empate do FC Porto (1-1) na Madeira para ficaram sozinhos na frente (com o melhor ataque, 21 golos marcados, e com a melhor defesa, três golos sofridos), e fizeram-no com uma exibição que não foi económica nos golos e que já esteve mais próxima dos melhores tempos da era Bruno Lage, se bem que com a colaboração involuntária do seu adversário algarvio, uma equipa cheia de boas intenções, mas de qualidade desigual entre sectores.

Era esta a identidade goleadora que tinha marcado o Benfica campeão da época passada, mas que poucas vezes se tinha manifestado esta época, povoada por vitórias pela margem mínima em exibições descoloridas, que só valiam pelos três pontos. E poucos dias depois de uma dessas vitórias (0-1 em Tondela), Lage mudou quase meia equipa, para além de apostar numa nova dupla de ataque que, talvez seja aquela que irá vingar depois de tantas experiências. Vinícius teve o seu primeiro jogo como titular no campeonato e marcou dois, Chiquinho foi titular pela primeira vez, fez uma assistência e jogou bem.

Mas antes de se ver o bom entendimento entre Chiquinho e Vinícius, tiveram de ser os defesas “encarnados” (e o guarda-redes) a resgatar o Benfica de um jogo em que não foi o primeiro dominador. Esse papel começou por ser do Portimonense, e o golo algarvio esteve bem perto de acontecer aos 11’. Bruno Tabata fez o cruzamento a fugir de toda a linha defensiva do Benfica e encontrou o japonês Koki Anzai isolado ao segundo poste, valendo aos “encarnados” a atenção de Vlachodimos.

Era um sinal do perigo que os homens de António Folha poderiam causar, uma equipa de futebol positivo mas sem o respaldo defensivo necessário para ser verdadeiramente eficaz. E disso se aproveitou o Benfica para começar a construir pelo ar a goleada. Começou aos 17’, num canto de Grimaldo desviado ao primeiro poste por Gabriel para a cabeça de André Almeida e para o fundo da baliza de Ricardo e teve continuidade logo no primeiro minuto da segunda parte.

Mais um canto de Grimaldo, mais um cabeceamento de André Almeida que, desta vez, foi à trave. Samaris não desistiu do lance, deu ao lateral espanhol nova oportunidade para cruzar. A bola foi até à área e Rúben Dias empurrou com o pé para o 2-0, um golo que esvaziou muita da vontade algarvia em tentar alguma coisa no jogo e que reforçou a confiança dos “encarnados”, por certo já informados do desfecho do jogo na Madeira e com vontade de não deixar fugir a oportunidade que se apresentava de ocupar o lugar cimeiro sem ter companhia.

Depois dos defesas abrirem as contas do jogo, foi a vez de Carlos Vinicius deixar a sua marca no jogo. Aos 63’, o avançado brasileiro foi lançado por Grimaldo em profundidade, conseguiu levar a bola para fora do alcance do guarda-redes e fez o 3-0. Dois minutos depois, foi Chiquinho a assistir o brasileiro para o 4-0, um golo que já pouco iria significar para o desfecho do jogo, mas com grande significado para Vinicius deixar bem vincada a sua candidatura séria ao “onze” — já leva seis golos na época. Sairia logo a seguir para dar lugar a Seferovic, que tem metade dos golos (três) do brasileiro e com mais do triplo do tempo de jogo.

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