Torga disse “deixa falar o mestre e devaneia” e os Lavoisier ouviram

Viagem a um Reino Maravilhoso é o terceiro álbum dos Lavoisier. É mais que isso: um diálogo com o poeta transmontano, um mergulhar no seu espírito e no seu território. E um alerta: Torga pode estar hoje algo esquecido, mas “precisamos hoje de pessoas assim, transparentes”

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André C. Macedo

Meteram-se a caminho, carregados de livros, guitarras e amplificadores. Subiram dois terços de país, de Lisboa a Vila Real, e subiram-no com uma obrigação. “Vamos criar, Patrícia, vamos criar”, dizia Roberto Afonso a Patrícia Relvas, ele o guitarrista e vocalista, ela a vocalista principal, eles os dois os Lavoisier. Partiam para dar forma àquele que será o terceiro álbum da dupla que se apresentou a revolver as fundações de música popular portuguesa sob os auspícios da antropofagia tropicalista, a dupla que faz do espírito dessa tradição matéria em carne viva, voz urgente traduzida numa guitarra eléctrica em catarse e no canto voltejando livre, de uma intensidade expressiva arrebatadora.

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