Matosinhos com orçamento mais gordo para Habitação, Ambiente, Mobilidade e Educação

Em 2020 a autarquia vai investir 129 milhões de euros. Este será o orçamento mais alto dos últimos 15 anos, num ano em que o dívida atinge o valor mais baixo dos últimos 20 anos.

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Dato Daraselia

Habitação, Ambiente, Transportes e Habitação são os sectores com mais peso no orçamento de Matosinhos para 2020, que no próximo ano será mais folgado do que em 2019. O Plano de Actividades e Orçamento para o próximo ano, que sobe de 106 milhões de euros para 129 milhões de euros, foi aprovado nesta terça-feira com duas abstenções dos vereadores de António Parada, Sim! e um contra do PSD. O documento passou com 8 votos a favor do PS, Narciso Miranda, Por Matosinhos e CDU.

Apresentado nos Paços do Concelho pela presidente da câmara Luísa Salgueiro, acompanhada por um executivo renovado – Valentim Campos substituiu Eduardo Pinheiro, agora secretário de Estado da Mobilidade -, ainda que com um orçamento mais gordo, o plano de actividades pouco se distancia dos últimos anos.

As maiores subidas de investimento concentram-se sobretudo nos sectores referidos, sendo o da Habitação o que mais cresce – de 3,8 milhões de euros para 12,1 milhões de euros – acompanhando plano de actividades que prevê a requalificação dos conjuntos habitacionais de Carcavelos, Cruz de Pau, Moalde, Recarei, Custió, Padrão da Légua, Santiago de Custóias, São Gens, Estação, Gatões, Telheiro, Chouso e Seixo II. No caderno de encargos estão ainda os arranjos urbanísticos dos bairros da Cruz de Pau, Guarda, Farrapas e dos Pescadores.

Na Educação, há um reforço de 1,6 milhões de euros em relação a 2019. No próximo ano há mais 9 milhões de euros para aplicar, entre outras obras, também na requalificação das escolas secundárias da Boa Nova e Abel Salazar.

Se em 2019 o Ambiente representava 7,71% do orçamento no próximo ano passa a representar 13,14% do investimento, com um aumento de cerca de 5,8 milhões de euros para obras como a requalificação do Corredor Verde do Leça, o combate à erosão costeira, requalificação dos equipamentos da frente-mar, conversão da iluminação pública para led e a requalificação de jardins.

Para a Mobilidade há aproximadamente 7,7 milhões de euros, representando uma subida de quase 3,4 milhões de euros, que se reflecte na participação do município na STCP e na continuidade do investimento na gratuitidade do transporte público até aos 18 anos e em formas diferentes de transporte partilhado.

Luísa Salgueiro sublinhou ainda ter sido atingido “o mínimo histórico dos últimos 20 anos” da dívida, que em 2020 rondará os 35 milhões de euros - do início do mandato até ao final de 2020, a autarquia prevê amortizar 20 milhões de euros da dívida. Com 17 milhões de euros de orçamento conseguido por via de fundos comunitários, a autarca diz que este é o maior investimento previsto dos últimos 15 anos.

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