Já sabe o que vai cozinhar hoje?

Se não sabe, nós damos-lhe uma sugestão – carne de coelho. Além de ser uma carne versátil e fácil de cozinhar é também um alimento com grande valor nutricional e uma opção equilibrada da dieta mediterrânica. Estes e outros benefícios são agora destacados pela Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC) com a campanha “Carne de Coelho - Como a vai cozinhar hoje?”, que pretende promover o consumo de carne de coelho de origem europeia. O chef Hélio Loureiro dá-nos algumas sugestões de como a confecionar.

O consumo de carne de coelho faz parte da tradição gastronómica portuguesa e recupera as memórias das receitas das nossas avós. A carne de coelho é um prato tradicional português com uma infinidade de possibilidades culinárias que, com o passar do tempo foi sendo cada vez menos consumido. “Deixámos de comer carne de coelho numa geração em que achamos que o coelho é quase um animal doméstico. Culpa disso é o coelhinho que, nos anos 70 e 80, se transformou numa simbologia da Páscoa. Mas não podemos esquecer que ele faz parte da nossa cadeia alimentar, do nosso receituário, tradição e cultura”, relembra-nos o chef  Hélio Loureiro.

Para recuperar este alimento para a dieta diária de todos os portugueses, a Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC) lança a campanha “Carne de Coelho - Como a vai cozinhar hoje?”, que tem como intuito promover o consumo de carne de coelho de origem europeia.

“O objectivo desta campanha é, por um lado, travar o decréscimo do consumo que se vinha registar a nível europeu, reposicionar a carne de coelho no prato dos portugueses e, ao mesmo tempo, criar sustentabilidade para os nossos produtores que são cerca de 115 produtores a nível nacional. Ao apoiarmos este sector estamos a fixar população no interior, a criar postos de trabalhos e a apoiar a agricultura nacional”, afirma Firmino Sousa, presidente da Associação Portugal de Cunicultura. Financiada pela União Europeia.

A campanha prolonga-se até 2020 e irá incidir sobre os benefícios do consumo deste tipo de carne, assim como a sua versatilidade.

Como explica o chef português: “É muito fácil de cozinhar e é muito versátil. Nós podemos, em dez minutos, cozinhar uma carne de coelho. Se forem as coxas, podemos assar no forno. Se forem os lombinhos, aconselho a cortar e fazer uns rojões com um pouco de azeite. Basta adicionar cubinhos de maçã e castanhas para ficar um prato delicioso”.

O elevado valor nutricional faz desta carne branca uma opção equilibrada para quem segue um estilo de vida saudável. Comparativamente a outras carnes, o coelho contém menos gordura e é de fácil digestibilidade, devido à pouca quantidade de fibras e de colagénio. “A carne de coelho é, por si só, um excelente fornecedor de zinco, magnésio, potássio, ferro, vitaminas do complexo B. Hoje em dia já existem no mercado cortes de carne, vendida por peças, e podemos escolher se queremos cozinhar os lombos, pernas, costeletas, coxas e espetadas”, refere Helena Real, Secretária Geral da Associação de Nutrição.

Mas a carne de coelho também se distingue pela adequada proporção de gordura insaturadas. Para além de ser saborosa e muito macia, tem baixo teor de sódio e colesterol, não contém ácido úrico e é baixa em calorias - apresenta um aporte energético de aproximadamente 117 quilocalorias por cada 100 gramas. Contribui, por isso, para um bom funcionamento do sistema cardiovascular e para o controlo do peso. Outra das características que a torna especial é a elevada quantidade de proteínas de alto valor biológico, já que contém todos os aminoácidos essenciais. Numa refeição, cada 100 gramas, equivale a aproximadamente 20,3 gramas de proteínas de qualidade superior às de origem vegetal.

Para além disso, sempre que optar por incluir carne de coelho na alimentação está a contribuir para um consumo mais sustentável, como afirma a nutricionista Helena Real: “A carne de coelho, sendo proveniente de um animal de pequeno porte, acaba por ser uma carne que nos ajuda a ter um consumo mais consciente porque acaba por ter um impacto ambiental menor. Isto, associado a um consumo moderado de carne, acabamos por ter uma alimentação mais amiga do ambiente”.

A campanha “Carne de Coelho – como a vai cozinhar hoje?” é da responsabilidade da ASPOC e INTERCUN - Organizacion Interprofisional Cunicola.

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