Springboks e Inglaterra reeditam a final de 2007

A África do Sul derrotou o País de Gales e no próximo sábado defronta os ingleses no jogo decisivo do Mundial 2019.

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Reuters/ISSEI KATO

O palco era o mesmo, mas 24 horas depois de uma prestação soberba da Inglaterra retirar à Nova Zelândia a possibilidade de conquistar o terceiro campeonato do Mundo de râguebi consecutivo, o International Stadium Yokohama recebeu um jogo com uma qualidade bem diferente. Como se previa, a segunda meia-final do Mundial 2019 foi uma batalha física e táctica entre o País de Gales e a África do Sul, que terminou com a vitória dos Springboks, por 19-16. No próximo sábado, no Japão, haverá assim uma reedição da final do Mundial 2007.

São duas selecções que gostam de explorar o lado físico do jogo e procuram jogar no “risco zero”, explorando o erro do adversário. Por isso, sem surpresa, na segunda meia-final do Mundial 2019 País de Gales e África do Sul colocaram de lado o espectáculo, procurando apenas conquistar terreno e pontos.

O resultado foi um jogo com paragens e pontapés a mais. Com os dois “10” a assumirem o protagonismo, a primeira parte teve muito poucas iniciativas pelas linhas atrasadas das duas equipas e o resultado apenas foi sofrendo alterações através de remates aos postes: com três penalidades de Handre Pollard (15’, 20’ e 35') e duas de Dan Biggar (18’ e 39’), os Springboks foram para o intervalo a vencer, por 9-6.

O início da segunda parte não foi diferente. Biggar aproveitou mais uma penalidade para recolocar tudo igual aos 46’ (9-9), mas o jogo continuava tenso e pouco entusiasmante. No entanto, aos 57’, surgiu finalmente um momento de qualidade: a jogarem a vantagem depois de o árbitro assinalar uma penalidade contra os britânicos, os sul-africanos arriscaram e circularam a bola, que chegou a Damian de Allende que, na ponta, fez o primeiro ensaio.

Com sete pontos de desvantagem (16-9), o País de Gales ficava sob pressão, mas respondeu com coragem. Sete minutos depois, os galeses abdicaram de jogar uma penalidade aos postes e preferirem beneficiar de uma formação-ordenada a pouco mais de cinco metros da linha de ensaio. Com esta decisão, o “XV” de Warren Gatland corria o risco de perder três pontos fáceis, mas a audácia foi premiada: com uma boa circulação, a bola chegou à ponta e Josh Adams fez o ensaio galês.

Com pouco mais de dez minutos para jogar e tudo de novo empatado (16-16), a partida entrou novamente num jogo de nervos, mas mais uma falta galesa foi aproveitada por Pollard: a quatro minutos do fim, abertura garantiu mais três pontos para os Springboks e a presença na final.

Com a vitória da África do Sul, que também tinha afastado os galeses há quatro anos nos quartos-de-final, no próximo sábado a final do Mundial 2019 será uma reedição do jogo decisivo de há 12 anos: em 2007, em Saint Dennis, os Springboks conquistaram o seu segundo Campeonato do Mundo de râguebi após derrotarem no Stade de France a Inglaterra, por 15-6.

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