A longa batalha entre Porto e Apollo pelas antigas casas da Fidelidade

Câmara do Porto quer comprar os imóveis da Fidelidade pelo preço a que eles foram vendidos à Apollo, pedindo ao tribunal que lhe reconheça o exercício do direito de preferência. Mas a empresa insiste que os preços escriturados serviram apenas para “cumprir normas notariais, contabilísticas e fiscais”. Inquilinos continuam à espera.

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NELSON GARRIDO

A Notablefrequency, uma das quatro empresas subsidiárias da Apollo, fundo que adquiriu o portefólio imobiliário da Fidelidade, considera que o direito ao arrendamento dos inquilinos se mantém inalterado, “independentemente de quem seja o respectivo proprietário”. Foi pelo menos esta a argumentação que a empresa utilizou na contestação que fez ao facto de uma moradora de uma das casas que foi vendida pela Fidelidade ao fundo Apollo, situada na freguesia de Cedofeita, no Porto, se ter constituído assistente no processo judicial que a Câmara do Porto interpôs contra as empresas. E é uma janela para um braço-de-ferro entre dois gigantes - a autarquia, que pede ao Tribunal que reconheça que lhe foi vedado o exercício de direito de preferência naqueles imóveis, e o fundo americano - cujo desfecho poderá ter efeitos determinantes na vida de centenas de famílias que vivem nas antigas casas da Fidelidade.

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