Rui Rio sem pressas para debater programa de Governo

António Costa pôs a hipótese de o programa de Governo já na próxima semana, na quarta e na quinta-feira.

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Rui Rio regressou ao Parlamento Rui Gaudêncio

O líder do PSD escusa-se a debater o programa de Governo a “mata-cavalos” já na próxima semana, uma possibilidade avançada pelo primeiro-ministro. Rui Rio falava aos jornalistas no final da primeira reunião da bancada social-democrata agora eleita, admitindo ver agora “um quadro mais bonito” do que a anterior composição.

A disponibilidade de António Costa em debater o programa do XXIII Governo já na próxima semana (quarta e quinta-feira já que sexta é feriado) não colhe no PSD. “Porque não é ao domingo à tarde?” ironizou o líder do PSD, defendendo que é preciso que os deputados tenham tempo para ler o documento. Rui Rio rejeita ter de fazer um “número” na Assembleia da República, um debate em que “uns dizem mal” do programa de Governo e um “faz de conta” em torno de um documento que “não tiveram tempo para ler”. O primeiro-ministro disse que o programa de Governo estará disponível este sábado, depois de aprovado em Conselho de Ministros

A data do debate do programa de Governo, que será definida em conferência de líderes ainda por agendar, tem na sua dependência a convocação do dia das eleições para a direcção da bancada do PSD. Essa convocatória terá no mínimo de acontecer com oito dias de antecedência e deve incidir num dia de trabalhos parlamentares, mas não foi marcada por causa da incerteza do dia do debate do programa de Governo.

Questionado sobre se os deputados têm de ser leais ao líder do partido, Rio dá uma resposta positiva: “Têm de ser leais ao presidente e ao colega do lado”. O líder do PSD foi também questionado sobre se viu hostilidade na nova bancada eleita, mas respondeu negativamente. “Não vi ninguém com imensa vontade de vir cá para fora e começar a dizer mal. Isso realmente não vi. Vi um quadro mais bonito”. 

Já sobre a mensagem que deixou aos novos deputados da bancada, o líder do PSD sugeriu que “se trabalharem, dedicarem e forem leais estão a criar portas para uma carreira parlamentar”, embora ressalve que não queira ser “paternalista”.

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