Tumultos, emergência e um perdão. A revolta no Chile em 20 fotos

Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
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Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado

Começaram na sexta-feira, dia 18, e fizeram 18 mortos. O Chile esteve quase todo em estado de emergência, com forças armadas nas ruas e recolher obrigatório em várias cidades. Durante os dias, sobretudo na capital Santiago, houve violência, vandalismo e resposta dura das autoridades.

Após uma semana de protestos contra o aumento do preço dos bilhetes do metropolitano na região da capital chilena, as manifestações aumentaram de tom na passada sexta-feira com incêndios em estações de metro, supermercados e armazéns. Grupos de pessoas saquearam lojas.

Com a declaração do estado de emergência e a presença das forças policiais e militares nas ruas, houve vários casos de alegados abusos e violações de direitos humanos.

Segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile (INDH), um organismo público independente, pelo menos cinco das 18 vítimas mortais até agora registadas deveram-se a acções das forças de segurança.

Num balanço divulgado na quinta-feira, o INDH contabilizou 2410 detidos, dos quais 898 em Santiago, e 535 feridos, dos quais 210 por armas de fogo, números estes superiores aos do último relatório do Governo chileno, que referiu apenas 197 feridos até quarta-feira.

A organização de direitos humanos já entrou com 55 acções judiciais pelas situações relatadas durante os confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.

Os manifestantes exigem ao Governo chileno que ponha em prática reformas estruturais nos subsídios de reformas e pensões, educação e saúde, por forma a acabar com a desigualdade social entre os cidadãos.

Na terça-feira à noite, o Presidente Sebastián Piñera pediu perdão aos chilenos, apresentou uma nova agenda de medidas sociais e abriu um processo de diálogo com a oposição. “É verdade que os problemas se acumulavam desde há muitas décadas e que, nos diversos governos, não fomos capazes de reconhecer esta situação em toda a sua magnitude. Reconheço e peço perdão por esta falta de visão”, disse Piñera. PÚBLICO/Lusa

 

Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Edgard Garrido
Um polícia antimotim em Santiago do Chile
Um polícia antimotim em Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
Manifestantes constroem uma barricada numa rua de Santiago do Chile
Manifestantes constroem uma barricada numa rua de Santiago do Chile REUTERS/Edgard Garrido
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
Concepcion, Chile
Concepcion, Chile REUTERS/Jose Luis Saavedra
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Edgard Garrido
Um socorrista da Cruz Vermelha tenta proteger-se
Um socorrista da Cruz Vermelha tenta proteger-se REUTERS/Edgard Garrido
Soldados confirmam a identidade de uma mulher durante o recolher obrigatório em Santiago do Chile
Soldados confirmam a identidade de uma mulher durante o recolher obrigatório em Santiago do Chile REUTERS/Pablo Sanhueza
Patrulha à noite, durante o recolher obrigatório, em Santiago do Chile
Patrulha à noite, durante o recolher obrigatório, em Santiago do Chile REUTERS/Pablo Sanhueza
O interior de uma estação de metro vandalizada
O interior de uma estação de metro vandalizada REUTERS/Pablo Sanhueza
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Pablo Sanhueza
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Pablo Sanhueza
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
Valparaiso
Valparaiso Reuters/Rodrigo Garrido
Santiago do Chila
Santiago do Chila REUTERS/Henry Romero
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado
Santiago do Chile
Santiago do Chile REUTERS/Ivan Alvarado