Residentes em Portugal viajaram mais no segundo trimestre de 2019

Durante os primeiros seis meses deste ano, foram as viagens para o estrangeiro que registaram o maior crescimento. Os hotéis ganham mais peso.

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Miguel Manso

Os residentes em Portugal realizaram um total de 5,6 milhões de viagens no segundo trimestre de 2019, o que significa um crescimento de 18% face ao mesmo período em 2018. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), 85,2% dessas viagens foi em território nacional, mas foram as viagens para o estrangeiro que tiveram o maior crescimento, chegando as 828,2 mil.

A principal motivação que levou os portugueses a viajar neste período foi o “lazer, recreio ou férias” (2,7 milhões de viagens), seja para o estrangeiro ou em viagens domésticas. A principal opção de alojamento, tal como no ano passado, continua a ser o “alojamento particular gratuito” com 57,5%, um valor inferior ao mesmo período de 2018 (58,4%). Segue-se “hotéis e similares” com 31,5% das dormidas, um crescimento de 3,4% face ao segundo trimestre do ano passado.

O destino de eleição continua a ser o próprio país, com 4,8 milhões de viagens, um crescimento de 15,7% face ao período homólogo. Além do lazer, foi a “visita a familiares ou amigos” que levou os residentes em Portugal a deslocar-se em território nacional.

O número de viagens para o estrangeiro é inferior (828,2 mil), mas foi a categoria que apresentou maior crescimento homólogo (33,2%). Ao contrário das viagens domésticas, o segundo lugar das motivações para efectuar a viagem vai para motivos “profissionais ou de negócios”.

Nas viagens para o estrangeiro assiste-se cada vez mais ao uso da internet (63,2% dos casos) para fazer marcações. Já, em território nacional, esse valor desce para 17,2%.

O número médio de noites por turista situa-se agora nas 4,11. Este número apresenta um decréscimo face ao mesmo período do ano anterior, em que a média situava-se nas 4,62 noites.

No segundo trimestre de 2019, 28,7% da população residente realizou pelo menos uma viagem turística. Em 2018, com uma descida face ao ano de 2017, apenas 21,3% o tinham feito, havendo assim uma recuperação em 2019. Neste ano foi o mês de Abril que registou maior crescimento homólogo, chegando aos 19,2% do total.

O INE atenta que estes resultados poderão estar relacionados com o período da Páscoa. Em 2018, as férias da Páscoa repartiram-se entre Março e Abril, enquanto em 2019 este período realizou-se na sua totalidade em Abril.

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