O líder Sp. Braga mostrou credenciais em Istambul

Minhotos agudizaram a crise do Besiktas com um triunfo que os mantém no topo. Ricardo Horta já leva seis golos na competição.

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O Sp. Braga continua a dar cartas fora de portas. Ontem, os minhotos completaram uma difícil deslocação a Istambul com um triunfo sobre o Besiktas (1-2) que os mantém no primeiro lugar do Grupo K, concluídas que estão três jornadas da Liga Europa. Foi uma espécie de remake de uma proeza que já tinham alcançado em 2012, na mesma competição.

É verdade que a época não está a correr bem às “águias” de Istambul. Na Liga turca, ocupam um modesto nono lugar, a oito pontos da liderança, e na UEFA somavam por derrotas os jogos disputados na fase de grupos. Desta vez, juntaram mais uma à folha de serviço, por demérito próprio, mas, acima de tudo, por mérito de um adversário que soube aliar a paciência e a competência.

Entrou com algum ascendente o Besiktas, disposto em 4x2x3x1, e assustou o Sp. Braga num par de ocasiões ainda nos primeiros 15 minutos, em ambos os casos por jogadores com passado no futebol português: primeiro foi Tyler Boyd (ex-Vitória e Tondela) a acertar no poste, depois foi Pedro Rebocho (ex-Moreirense) a ver o remate interceptado

A partir daí, o Sp. Braga estabilizou em organização defensiva, fechou melhor o corredor central e foi mostrando versatilidade na forma como juntava ora Galeno, ora Ricardo Horta, ora André Horta a Paulinho. As aproximações ao ponta-de-lança iam causando problemas a um Besiktas que dava espaço entre linhas e a reacção à perda da bola dos minhotos forçou o erro que resultou no 0-1.

Ozyakup perdeu a bola em zona proibida e Galeno arrancou para a baliza de Loris Karius. O brasileiro não se apercebeu de que tinha um companheiro em melhor posição e tentou o remate, travado pelo guarda-redes alemão. Na recarga, porém, Ricardo Horta encostou para as redes e o Sp. Braga colocou-se em vantagem, aos 38’.

O sexto golo do extremo português na UEFA 2019-20, entre eliminatórias e fase de grupos, serviu de mote para um arranque de segunda parte mais dominador, em que o Sp. Braga explorou preferencialmente o espaço entre o lateral direito o central (Uysal e Vida). Neste período, o golo esteve iminente (Galeno ainda acertou no poste), mas o jogo mudaria ligeiramente com o empate, aos 71’. Mehmet Nayir, lançado aos 67’, desviou de cabeça para a baliza, num lance em que ficaram dúvidas sobre a regularidade do lance.

Por momentos, o Sp. Braga tremeu e o Besiktas cavalgou o entusiasmo dos seus adeptos, arrancando um penálti graças a uma falta de Pablo sobre Ljajic que também gerou discussão. O médio sérvio teve demasiada pontaria a marca dos 11 metros, porém, e viu a bola devolvida pelo poste direito.

Este capricho devolveu também a confiança à equipa portuguesa e Ricardo Sá Pinto arriscou pouco depois, apostando em Rui Fonte e Wilson Eduardo. E foi precisamente Wilson a fixar o resultado: Matheus repôs rapidamente a bola em jogo, Esgaio acelerou pelo corredor direito e serviu Galeno, que assinou uma assistência perfeita para o 1-2.

Estava confirmada a segunda vitória do Sp. Braga em duas visitas ao recinto do Besiktas. A primeira aconteceu há mais de nove anos, já nos 16 avos-de-final da prova.

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