César despede-se dos deputados do PS dizendo que foram autónomos do Governo e essenciais para a vitória eleitoral

António Costa como secretário-geral e Carlos César como presidente do partido participam na quinta-feira na reunião da bancada do PS para dar as boas-vindas aos novos deputados e aprovar as candidaturas de Ferro Rodrigues para presidente do Parlamento e de Ana Catarina Mendes para líder do grupo parlamentar.

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Parlamento toma posse na sexta Enric Vives-Rubio

O líder cessante da bancada socialista, Carlos César, considera que os deputados do PS exerceram na última legislatura o seu mandato com “autonomia” e foram “contribuintes líquidos dos ganhos alcançados” e do triunfo eleitoral nas legislativas. É isso mesmo que afirma numa carta de despedida enviada aos deputados da bancada socialista que liderou desde Outubro de 2015.

Deverá ser esse o tom da sua intervenção na reunião semanal das quintas-feiras da bancada parlamentar, cuja rotina é retomada já amanhã apesar de a Assembleia da República só tomar posse na sexta-feira. Está confirmada a presença de Carlos César, agora apenas como presidente do PS, e de António Costa nas vestes de secretário-geral socialista. Nesta reunião, que serve de recepção aos novos deputados eleitos a 6 de Outubro, os socialistas vão preparar a recandidatura de Eduardo Ferro Rodrigues a presidente do Parlamento, assim como a eleição da sucessora de Carlos César à frente da bancada do PS, a secretária-geral-adjunta Ana Catarina Mendes. A que se soma a candidatura de nomes socialistas a cargos na Assembleia da República, como a Mesa, um vice-presidente e um lugar no conselho de administração.

“Tenho consciência que a generalidade dos nossos deputados exerceu as suas funções com o maior empenho. Afirmámos, estou convencido, com qualidade e bom senso, a nossa autonomia, sem prejuízo do apoio que nos competia prestar ao nosso Governo, mas honrando a posição institucional do parlamento”, escreve o presidente do PS na carta a que a Lusa teve acesso, e na qual também deixa um agradecimento especial ao seu chefe de gabinete, o antigo secretário de Estado Laurentino Dias.

Para Carlos César, os deputados do PS atravessaram a legislatura que termina na sexta-feira com “diversidade de opiniões, com muito sentido de unidade e de entreajuda”.

“Fomos, finalmente, contribuintes líquidos dos ganhos alcançados aos mais diversos níveis e sufragados nas eleições legislativas. O meu maior desejo é que o grupo possa prosseguir nesses caminhos. Aos deputados e deputadas que continuarão no Parlamento deixo, por isso, uma palavra de estímulo. Aos que, como eu, cessam funções, penso que o que importa é que sejamos persistentes, continuando a servir com dedicação e sentido cívico, ainda que por outras formas, o nosso país, as nossas regiões e o nosso partido”, acrescenta o presidente dos socialistas.

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