Piñera pede “perdão” aos chilenos e aumenta a pensão mínima em 20%

Pelo menos 15 pessoas morreram. Entre os 239 feridos, 84 têm ferimentos de balas, diz o Instituto Nacional de Direitos Humanos.

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Nas ruas pede-se a demissão do Presidente Reuters/IVAN ALVARADO
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O Presidente chileno anunciou na terça-feira um pacote de medidas sociais para travar os protestos que duram há quase uma semana e que já causaram 15 mortos.

Sebastian Piñera prometeu um aumento de 20% na pensão mínima e o congelamento do preço da electricidade, uma alteração radical em relação ao discurso dos últimos dias em afirmou que o país estava "em guerra” devido aos protestos dos cidadãos contra o aumento do custo de vida - a revolta popular eclodiu após o anuncio de mais um aumento dos bilhetes do metropolitano.

Na terça-feira à noite, o chefe de Estado reconheceu a sua “falta de visão” e pediu “perdão” aos cidadãos.

Pelo menos 15 pessoas morreram, 11 na região da capital, Santiago, e quatro no resto do país. “Temos um total de 15 mortes, que ocorreram durante incêndios e pilhagens principalmente em centros comerciais”, disse o sub-secretário do Interior, Rodrigo Ubilla, acrescentando porém que três destes mortos foram baleados.

Os protestos, que alastraram a diversas cidades do país, já deixaram 239 populares feridos, assim como 50 polícias e militares (o Presidente declarou o estado de emergência na capital e noutras duas regiões, o que levou o Exército para as ruas). O número de detenções é de 2643.

Na segunda-feira, o Instituto Nacional de Direitos Humanos, um organismo público independente, indicou que 84 pessoas têm ferimentos de balas. Há acusações de violação dos direitos dos cidadãos devido à repressão dos protestos. Nas ruas, já se pede a demissão do Presidente.

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