Três pessoas foram encontradas mortas na manhã desta terça-feira num apartamento na Aldeia de Joanes, concelho do Fundão (Castelo Branco), confirmou fonte do INEM ao PÚBLICO. As vítimas são um homem de 26 anos, uma mulher de 35 anos e um menino de dez. A morte do casal e da criança terá sido provocada pela inalação de monóxido de carbono, disse à agência Lusa o coordenador da Polícia Judiciária da Guarda, José Monteiro.

“Neste momento, tudo aponta no sentido de a morte ter sido acidental e provocada pela inalação de monóxido de carbono, resultante do mau funcionamento de um esquentador e do respectivo sistema de exaustão”, referiu à Lusa aquele responsável, ressalvando que a primeira análise terá de ser confirmada pelos exames médicos e pelas perícias técnicas.

As autoridades foram chamadas para o local por volta das 10h50. Segundo o Jornal do Fundão, o alerta foi dado depois de ser ter dado pela ausência da criança na escola. O pai da criança (que não é a vítima de 26 anos) terá sido contactado e a GNR deslocou-se à habitação, onde encontrou os cadáveres. Os óbitos foram declarados no local. 

Para o local foram mobilizadas duas ambulâncias do Fundão e da Covilhã, uma VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) e uma unidade móvel de apoio psicológico. Fonte da GNR do Fundão disse ao PÚBLICO que foi chamada ao local e que ainda tinha meios presentes no terreno ao início da tarde. 

Contactado pelo PÚBLICO, ao início da tarde, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco disse ainda não ter quaisquer informações sobre o incidente. A investigação foi entregue à Polícia Judiciária, que esteve no local.

Contactado pela agência Lusa, o coordenador da PJ da Guarda, José Monteiro, referiu que não foram recolhidos elementos que façam suspeitar de que o caso tenha natureza criminal. Este responsável ressalvou, todavia, que a primeira análise terá de ser confirmada pelos resultados dos exames médico-legais que serão feitos às vítimas, designadamente de natureza química e toxicológica, que visam verificar se houve inalação de monóxido de carbono.

Segundo acrescentou, também serão feitas perícias de natureza técnica no local para verificar se efectivamente se registam fugas excessivas relacionadas com este gás.