Confrontos contra sentença a independentistas em Madrid fizeram 26 feridos

A carga policial ocorreu depois de terminada a marcha de 4000 pessoas que decorreu sem incidentes de Atocha às Porta do Sol, sempre com fortes medidas de segurança.

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LUSA/JESUS DIGES

Na noite deste sábado os protestos contra as penas a vários políticos catalães voltaram à Catalunha e estenderam-se a Madrid, onde se registaram 26 feridos.

Um porta-voz do serviço de emergência médica disse à agência noticiosa EFE que sete dos feridos - quatro civis e três polícias - foram hospitalizados. Um polícia sofreu uma ferida profunda grave, outro fez uma possível fractura de clavícula e um outro uma luxação, enquanto os ferimentos nos civis eram ligeiros, indicou.

Uma pessoa foi detida pela polícia, que conseguiu limpar os destroços dos confrontos e restabelecer a circulação na Gran Vía, obstruída com mobiliário de esplanadas atirado pelos manifestantes à polícia.

A Polícia Nacional fez uma carga contra centenas de manifestantes em Madrid, depois de estes terem cortado a Gran Vía, após uma marcha de quatro mil pessoas que pediram “amnistia para todos os presos políticos”.

As primeiras cargas aconteceram ao início da noite, quando várias centenas de pessoas tentaram cortar aquela avenida principal da capital.

Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois de ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência, em Outubro de 2017.

Os juízes decidiram condenar nove deles a penas entre 9 e 13 anos de prisão, por delitos de sedição e peculato.

Depois do anúncio da sentença, os independentistas fizeram cortes de estradas e de vias de caminho-de-ferro um pouco por toda a Catalunha.

A carga policial em Madrid deu-se depois de ter terminado a marcha de 4000 pessoas que, segundo dados oficiais, decorreu sem incidentes desde a Atocha até à Porta do Sol, acompanhada por fortes medidas de segurança.

A marcha foi organizada por mais de uma vintena de grupos de esquerda, que reclamavam “amnistia para todos os presos políticos”, com especial menção dos “políticos catalães”, embora o protesto estivesse marcado “há muito tempo”, disse a organização à agência EFE.

Também uma centena de elementos da extrema-deireita concentrou-se no sábado na confluência das ruas Goya e Alcalá após uma convocatória de “jovens patriotas” sob o lema “Catalunha é Espanha”, que a Polícia Nacional impediu de se dirigirem para onde estava a manifestação pró-amnistia.

Em Barcelona, três tribunais decretaram prisão preventiva sem fiança para seis dos detidos nos incidentes de sexta-feira na cidade.

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) informou que os detidos foram acusados de vários delitos, entre eles de desordem e atentado.

Seis feridos ligeiros em Barcelona

Seis pessoas foram também, atendidas na noite de sábado nos serviços de emergência médica de Barcelona, nesta jornada mais tranquila da semana na Catalunha, após cinco noites de graves confrontos com a polícia nas ruas. Os ferimentos eram ligeiros.

Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois de ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães.

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