Chamam-lhes os vitoriosos do ébola. Mas a vida ainda é uma luta

É a vida depois do ébola. Os sobreviventes no Congo tentam regressar à normalidade.

A mãe de seis Arlette Kavugho (direita) sobreviveu ao ébola, mas não conseguiu reaver o emprego como costureira. Os clientes têm medo que seja contagiosa, mesmo com os médicos a dizerem que não é possível Reuters/ZOHRA BENSEMRA
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A mãe de seis Arlette Kavugho (direita) sobreviveu ao ébola, mas não conseguiu reaver o emprego como costureira. Os clientes têm medo que seja contagiosa, mesmo com os médicos a dizerem que não é possível Reuters/ZOHRA BENSEMRA

Mais de mil pessoas infectadas sobreviveram ao surto do vírus ébola que atingiu a República Democrática do Congo em Julho de 2018. Morreram mais de 2000. Os que conseguiram derrotar a doença, conhecidos como les vainqueurs (os vitoriosos, em francês), tentam regressar à normalidade – mas têm de lidar com receios de recaídas, sequelas para a vida (como visão turva ou dores de cabeça crónica), saudades de quem não conseguiu sobreviver, e o preconceito de muitos vizinhos e familiares.

Arlette Kavugho, de 40 anos, mostra uma fotografia da filha, uma das mais de 2000 vítimas do surto de ébola
Arlette Kavugho, de 40 anos, mostra uma fotografia da filha, uma das mais de 2000 vítimas do surto de ébola Reuters/Zohra Bensemra
Calvin, com cinco anos, viu a mãe morrer recentemente vítima de ébola. Hoje, vive na creche da Unicef para crianças cujas famílias foram afectadas pela doença
Calvin, com cinco anos, viu a mãe morrer recentemente vítima de ébola. Hoje, vive na creche da Unicef para crianças cujas famílias foram afectadas pela doença Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Muitos dos sobreviventes do surto de ébola trabalham, hoje, como ajudantes em centros de apoio a doentes com ébola depois de não conseguirem regressar aos postos de trabalho originais. É o caso de Noella Kavira Kitakya, de 26 anos, à esquerda, que segura uma bebé órfã de 16 meses nos braços, e Arlette Kavugho, de 40 anos,Muitos dos sobreviventes do surto de ébola trabalham, hoje, como ajudantes em centros de apoio a doentes com ébola depois de não conseguirem regressar aos postos de trabalho originais. É o caso de Noella Kavira Kitakya, de 26 anos, à esquerda, que segura uma bebé órfã de 16 meses nos braços, e Arlette Kavugho, de 40 anos
Muitos dos sobreviventes do surto de ébola trabalham, hoje, como ajudantes em centros de apoio a doentes com ébola depois de não conseguirem regressar aos postos de trabalho originais. É o caso de Noella Kavira Kitakya, de 26 anos, à esquerda, que segura uma bebé órfã de 16 meses nos braços, e Arlette Kavugho, de 40 anos,Muitos dos sobreviventes do surto de ébola trabalham, hoje, como ajudantes em centros de apoio a doentes com ébola depois de não conseguirem regressar aos postos de trabalho originais. É o caso de Noella Kavira Kitakya, de 26 anos, à esquerda, que segura uma bebé órfã de 16 meses nos braços, e Arlette Kavugho, de 40 anos Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Muitos dos sobreviventes do surto trabalham, hoje, como ajudantes em centros de apoio a doentes com ébola depois de não conseguirem regressar aos postos de trabalho originais. É o caso de Noella Masika Vinyinyi, com 30 anos, que perdeu 17 famíliares durante o surto da doença
Muitos dos sobreviventes do surto trabalham, hoje, como ajudantes em centros de apoio a doentes com ébola depois de não conseguirem regressar aos postos de trabalho originais. É o caso de Noella Masika Vinyinyi, com 30 anos, que perdeu 17 famíliares durante o surto da doença Reuters/ZOHRA BENSEMRA
A mãe do bebé Katembo Lwayirweka foi uma das vítimas do surto de ébola
A mãe do bebé Katembo Lwayirweka foi uma das vítimas do surto de ébola Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Um trabalhador queima restos e sombras de refeições de pacientes infectos com ébola no Congo
Um trabalhador queima restos e sombras de refeições de pacientes infectos com ébola no Congo Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Um profissional de saúde regista os nomes e temperaturas dos cidadãos à chegada de uma das margens do lago Kivu. É parte do processo de triagem do ébola
Um profissional de saúde regista os nomes e temperaturas dos cidadãos à chegada de uma das margens do lago Kivu. É parte do processo de triagem do ébola Reuters/ZOHRA BENSEMRA
A sobrevivente Vianey Kombi cuida de uma menina órfã de três meses que ainda está a lutar contra a doença
A sobrevivente Vianey Kombi cuida de uma menina órfã de três meses que ainda está a lutar contra a doença Reuters/Zohra Bensemra
Uma menina órfã, cuja mãe morreu recentemente de ébola, chora sentada numa creche da Unicef para crianças cujas famílias foram afectadas pelo vírus
Uma menina órfã, cuja mãe morreu recentemente de ébola, chora sentada numa creche da Unicef para crianças cujas famílias foram afectadas pelo vírus Reuters/ZOHRA BENSEMRA
Um profissional de saúde desinfecta uma maca na ambulância depois de transportar um paciente com ébola
Um profissional de saúde desinfecta uma maca na ambulância depois de transportar um paciente com ébola Reuters/ZOHRA BENSEMRA