Eliminação polémica de Medina marcou o dia em Peniche

O brasileiro contestou junto dos juízes da prova o seu afastamento.

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Gabriel Medina LUSA/CARLOS BARROSO

O campeonato da elite mundial de surf prosseguiu neste domingo na Praia dos Supertubos, em Peniche, com a realização dos oitavos-de-final das provas feminina e masculina, marcados pela eliminação do líder Gabriel Medina devido a interferência.

O brasileiro campeão em título, que ocupa o primeiro lugar do ranking da Liga Mundial de Surf (WSL, na sigla inglesa), parecia ter o caminho aberto para os quartos-de-final e liderava confortavelmente a quinta bateria dos oitavos-de-final frente ao também “canarinho” Caio Ibelli, quando, já perto do fim do “heat”, fez uma interferência, isto é, apanhou uma onda quando era o rival que tinha a prioridade.

Como ditam as regras da WSL, Medina ficou apenas com uma onda a contar para a pontuação total da bateria, em vez das duas habituais, e viu Caio ultrapassá-lo em cima da buzina que marca o final da bateria, com uma pontuação global de 8,50 (5,40 e 3,10), contra os 8,10 do número um do circuito mundial feitos numa única onda.

Mas Medina não se conformou com a decisão dos juízes e, mal soou a buzina que marca o final das baterias, saiu da água a correr, largou a prancha na areia e dirigiu-se rapidamente para a área dos juízes do campeonato, fechada à comunicação social, considerando que a interferência que lhe foi atribuída tinha sido mal marcada.

Porém, a decisão dos juízes manteve-se e o surfista de Maresias, no Estado de São Paulo, foi mesmo eliminado em Peniche.

Certo é que, mesmo que Medina avançasse para os “quartos” na Praia dos Supertubos, já não poderia festejar o título mundial em Portugal, uma vez que o seu compatriota Filipe Toledo, número dois do mundo, já tinha assegurado a passagem aos quartos-de-final, pelo que a entrega do título mundial tinha ficado automaticamente adiada para Pipeline, no Havai.

Também o sul-africano Jordy Smith (n.º 3) avançou na competição, tal como o brasileiro Ítalo Ferreira (n.º 4), o norte-americano Kolohe Andino (5.º) e o japonês Kanoa Igarashi (6.º), aumentando a pressão sobre Medina.

Nos “quartos”, Jordy defronta Andino no primeiro “heat”, Toledo vai contra Kanoa, Caio Ibelli tem encontro marcado com o compatriota Peterson Crisanto e Ítalo enfrenta o australiano Jack Freestone.

Do lado feminino, as surfistas que aspiram à conquista do título mundial passaram todas neste domingo aos quartos-de-final da prova do circuito mundial de surf em Peniche, mantendo a perseguição à líder Carissa Moore, que também se qualificou.

A havaiana Carissa Moore, a única que se pode sagrar campeã do mundo já na etapa portuguesa do circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), defronta a francesa Johanne Defay, na terceira bateria.

Antes, a norte-americana Caroline Marks enfrenta a australiana (sete vezes campeã do mundo) Stephanie Gilmore, e a australiana Sally Fitzgibbons compete com a brasileira Tatiana Weston-Webb. Na quarta bateria, a norte-americana Lakey Peterson (número dois do mundo) vai correr contra a australiana Nikki Van Dijk.

A próxima chamada do Meo Rip Curl Pro Portugal está marcada para as 8h30 de segunda-feira.

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