Nas escolas de Lisboa, os pais podem ir almoçar com os filhos no dia do seu aniversário

Iniciativa da autarquia vai permitir aos encarregados de educação irem almoçar à cantina da escola quando o seu educando fizer anos. Autarquia quer ainda pôr as crianças a comer mais fruta, por isso haverá nas escolas um cesto com fruta para quem se quiser servir.

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NFACTOS/JORGE MIGUEL GONCALVES

As escolas que são geridas pela câmara de Lisboa vão abrir as portas aos pais e encarregados de educação para que possam ir almoçar à cantina com as crianças no dia em que estas fizerem anos. A iniciativa, diz a autarquia, através do pelouro da Educação e dos Direitos Sociais, vai abranger, todas as crianças e alunos dos jardins-de-infância e 1º ciclo das escolas públicas da capital, a partir de segunda-feira. Se por um lado, a iniciativa pretende aproximar os pais e os encarregados de educação da escola, quer igualmente promover “a confiança” na qualidade das refeições que ali são servidas. 

Daqui em diante, os encarregados de educação serão convidados pela escola para estarem presentes no almoço no dia de aniversário dos seus educandos. O projecto foi lançado esta sexta-feira, com um almoço no Jardim-de-Infância Alexandre Rodrigues Ferreira, na Ajuda, e contou já com a presença dos pais da criança aniversariante do dia. 

Mas esta não foi a única novidade do dia. A autarquia quer pôr as crianças a comer mais fruta, além daquela que está prevista nas ementas. Para isso, existirá em cada escola um cesto com frutas ao qual as crianças poderão recorrer a qualquer hora do dia. 

Estas duas iniciativas querem contribuir para o processo de melhoria das refeições servidas aos alunos das escolas primárias de Lisboa, que a autarquia iniciou em 2018. 

No Verão do ano passado, o então vereador Ricardo Robles anunciava que as refeições escolares servidas em cuvetes de plástico descartável seriam eliminadas, permitindo evitar o desperdício de 50 toneladas de plástico por ano. Desde então, os almoços — segundo as contas do município são 18 mil por dia — passaram a ser confeccionados no próprio dia nas cantinas, ainda que haja estabelecimentos escolares cujas refeições são servidas por empresas. Por isso, houve também “uma alteração de condições e critérios de selecção dos cadernos de encargos na contratação pública das refeições, determinando ponderação de 60% para a qualidade e 40% para o preço”, diz o gabinete do vereador da Educação, Manuel Grilo, de modo a garantir que as refeições servidas aos alunos têm mais qualidade. 

A autarquia diz ainda que foi eliminada a utilização de plástico de uso único nas refeições, optando por servi-las em pratos de loiça e talheres de metal. Uma vez que Lisboa será Capital Verde Europeia em 2020, estão ainda a ser desenvolvidos projectos para “reavivar” as hortas pedagógicas escolares. ​

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