Quartel da Graça vai ser um hotel de luxo com chancela Sana

Monumento Nacional, o antigo convento lisboeta foi concessionado ao grupo dos hotéis Sana. Será o 11.º hotel da marca em Lisboa.

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Enric Vives-Rubio

A concessão do Quartel da Graça, em Lisboa, vai ser entregue ao grupo Azinor, proprietário dos hotéis com marca Sana, no âmbito do programa Revive, estando previsto um investimento de 30 milhões de euros, para a instalação de um hotel, foi esta sexta-feira anunciado. Será o 11.º hotel Sana em Lisboa – um dos mais icónicos é o Myriad na Torre Vasco da Gama

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o imóvel será concessionado por um período de 50 anos para a instalação de um hotel de 5 estrelas, correspondendo a uma renda anual de 1,79 milhões de euros, segundo explicam, em comunicado, os ministérios da Economia e da Cultura.

A tutela refere que o investimento estimado para a instalação do hotel, que contará com 120 quartos, é de 30 milhões de euros, estando a abertura prevista para o final de 2022.

Quartel da Graça. Imagem de divulgação do programa Revive Dr
Quartel da Graça. Imagem de divulgação do programa Revive Dr
Quartel da Graça. Imagem de divulgação do programa Revive Dr
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Quartel da Graça. Imagem de divulgação do programa Revive Dr
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Quartel da Graça. Imagem de divulgação do programa Revive Dr

A concessão não inclui a área da igreja nem o respectivo jardim, estando igualmente fora do âmbito do concurso o Jardim da Cerca da Graça.

O concurso estabelece que o concessionário ficará responsável por construir os espaços que vão acolher as capelas mortuárias de apoio à igreja.

Com a conclusão do processo de concessão do Quartel da Graça passam a ser 10 os imóveis adjudicados ao abrigo do programa Revive, representando um investimento de 100 milhões de euros.

Citado no comunicado, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, sublinha que a “adjudicação do concurso relativo ao Quartel da Graça demonstra que o programa Revive torna possível dar novo uso ao património público”.

"Este imóvel será um factor de geração de riqueza e de criação de emprego na cidade de Lisboa", sublinhou o governante.

Por seu turno, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, destacou o facto de o Quartel da Graça ser “um dos mais importantes edifícios associados à muralha fernandina”.

“Mais uma vez destacamos a aliança entre a recuperação do património e a necessidade de dinamizarmos investimento para imóveis que devem, no futuro, desafiar-nos para garantirmos maior diversidade na oferta de espaços de criação cultural”, apontou.

O Quartel da Graça foi fundado, enquanto Convento da Graça, no século XIII, pela Ordem dos Agostinhos Eremitas, tendo sido reedificado no século XVI e restaurado após o terramoto de 1755.

Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi ocupado pelo exército, passando aí a designar-se como Quartel da Graça. A igreja, a sacristia e a casa do capítulo foram entregues à Irmandade do Senhor dos Passos. Nos últimos anos, o quartel acolheu serviços da GNR e do Exército.

No âmbito do programa Revive foram lançados, até ao momento, concursos relativos a 19 imóveis. Actualmente, estão abertos os concursos para a concessão do Mosteiro de Lorvão no concelho de Penacova (Coimbra), do Forte da Ínsua em Caminha (Viana do Castelo), do Mosteiro de São Salvador de Travanca em Amarante (Porto) e do Paço Real de Caxias em Oeiras (Lisboa).

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