Cordão humano em escola da Amadora para exigir retirada de amianto

A greve começou a 3 de Outubro e termina na próxima sexta-feira. Ao que diz o sindicato, “pelo menos quatro escolas fecharam”.

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Marcha EB 2,3 Gaspar Correia e Secundária da Portela, culminando num cordão humano. LUSA/Tiago Petinga

O protesto está na rua. Professores, funcionários e alunos da E.B. Prof. Pedro D´Orey da Cunha, na Amadora, fizeram esta quarta-feira um cordão humano junto ao estabelecimento de ensino para exigir a retirada de amianto.

Alguns professores, funcionários e alunos daquela escola colocaram uma faixa no gradeamento da escola e distribuíram às pessoas folhetos informativos e máscaras para o nariz e boca, contou André Pestana, dirigente do Sindicato de Todos Os Professores (S.TO.P.). “A escola não está encerrada. Há vários professores e funcionários a fazer greve e muitos alunos estiveram à entrada da escola onde fizeram um cordão humano para chamar a atenção para o problema do amianto nas escolas portuguesas e para a necessidade deste ser retirado rapidamente e em segurança”, disse.

A greve, convocada por este sindicato, começou no dia 3 de Outubro e termina na próxima sexta-feira. Ao que diz André Pestana, “pelo menos quatro escolas fecharam”. Mais ainda fizeram marchas, cordões humanos, como, por exemplo, a EB 2/3 Garpar Correia e a Secundária da Portela. Tudo “para mostrar que as comunidades educativas não querem fazer parte das estatísticas. Esta situação é inadmissível. Queremos que o Ministério da Educação e as autarquias façam alguma coisa”.

O dirigente sindical lembrou a promessa do Governo de erradicar o amianto de todos os edifícios públicos até 2018. Naquela escola da Amadora, por exemplo, só parte do amianto foi retirado. “Retiraram o amianto dos passadiços que ligavam os vários blocos da escola onde os miúdos ficam quando está a chover, mas mantiveram o amianto em cima do dos blocos. Isto é inadmissível”, realçou.

De acordo com este sindicato, há cerca de 100 escolas onde o amianto continua a ser um problema para alunos, professores, funcionários e até pessoas que vivem nas proximidades. Muitos desses estabelecimentos foram alvo de intervenções para a retirada dessa substância, considerada cancerígena, mas o trabalho de remoção foi mal feito, segundo o porta-voz do sindicato.

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